A Copa do Mundo de 2018 não será a primeira com as participações de Neymar e Messi, mas pode, enfim, consagrar os craques. Isso porque, mesmo sendo considerado cinco vezes melhor do mundo, o argentino ainda tenta conquistar o primeiro Mundial na carreira. Terá a difícil missão de levar a Argentina, que chega à Rússia questionada, “nas costas”. Já o brasileiro vai para a sua segunda participação. A primeira terminou frustrada por conta de uma lesão nas costas que o tirou do fatídico 7x1. Agora vem de uma lesão no pé e três meses de inatividade. Incógnitas a parte, é fato que os sul-americanos carregam a esperança dos dois países. Chegam em terras russas também com a missão de distribuir categoria e habilidade nas partidas.
Mesmo estando de lados diferentes em uma rivalidade história, Messi e Neymar são grandes amigos fora das quatro linhas. Ambos jogaram juntos no Barcelona, entre 2013 e 2017, quando o então camisa 11 blaugrana se transferiu para o Paris Saint-Germain. Juntos, marcaram 299 com a camisa do clube espanhol. Formaram, ao lado com o uruguaio Suárez, o trio que ficou conhecido como MSN.
A proximidade dos dois é tanta, que Messi chegou a afirmar que “seria uma tragédia” caso Neymar acertasse com o Real Madrid. O nome do brasileiro é constantemente associado ao clube espanhol, mesmo tendo chegado nesta temporada ao Paris Saint-Germain.
Messi sempre foi a principal estrela da seleção argentina. Isso, claro, desde que assumiu o posto de um dos melhores jogadores do planeta. Contudo, em Copas do Mundo, o desempenho é ainda discreto. Em 2006, ainda quando era considerado uma grande promessa para o futuro, ficou a maior parte dos jogos no banco de reservas. Fez três partidas no Mundial da Alemanha e marcou um gol. Caiu junto com a equipe nas quartas de final, diante da anfitriã. Quatro anos depois, na África do Sul e já com status de estrela, caiu na mesma fase e diante do mesmo adversário. Dessa vez passou em branco.
A melhor Copa do Mundo da carreira de Messi foi em 2014, no Brasil. Marcou quatro gols nas sete partidas que fez. Levou a Argentina até a final depois de 24 anos de ausência em decisões (última vez havia sido em 1990). De quebra, ainda ganhou o prêmio de melhor jogador do Mundial, mesmo ficando com o vice diante da Alemanha. Foi decisivo em partidas que pareciam difíceis. Contra o Irã, por exemplo, marcou o gol da vitória no final da partida.
Já Neymar teve papel decisivo logo na sua primeira Copa. Marcou quatro gols (dois contra a Croácia e mais dois contra Camarões, ainda na fase de grupos) e foi decisivo para o Brasil até as quartas de final, quando sofreu uma entrada do colombiano Zuñiga, fraturando a vértebra e tirando-o da competição. Viu de casa a derrota da seleção brasileira por 7x1 diante da Alemanha.
Os papéis se inverteram na vida do astro brasileiro em 2018. Se lesionou antes mesmo de chegar à Rússia, quando fraturou o quinto metatarso do pé direito em partida do Campeonato Francês. Foi operado e ficou três meses de molho. Voltou a trabalhar com bola nesta semana, quando se apresentou ao técnico Tite, na Granja Comary, em Teresópolis-RJ. Mostrou que ainda sente um pouco a falta de ritmo de jogo, além de se incomodar com dores em alguns momentos.
Problemas a parte, os amigos Messi e Neymar vão à Rússia querendo quebrar alguma possível desconfiança de suas torcidas para, quem sabe, conquistar a Copa do Mundo.