Antes de a bola rolar hoje, às 12h, para a partida inaugural da Copa do Mundo entre Rússia e Arábia Saudita, o estádio Lujniki, em Moscou, servirá de palco para apresentação do cantor britânico Robbie Williams e da soprano russa Aida Garifulina, às 11h30. Uma presença ilustre do evento será a do ex-atacante brasileiro Ronaldo, segundo maior artilheiro da história dos Mundiais, com 15 gols marcados.
As várias crises entre a Rússia e o Ocidente e o pouco apelo esportivo do jogo de abertura - entre a Rússia (70ª no ranking da FIFA) e Arábia Saudita (67º) - pesaram para que se optasse pela simplicidade e modéstia na celebração. "A abertura terá um formato ligeiramente diferente das edições anteriores. Este ano, a cerimônia será organizada em torno de performances musicais e será mais perto do início do jogo, apenas meia hora antes", informou a FIFA em comunicado.
Sobre a participação no show, Williams classificou como uma sensação única. "Eu fiz muitas coisas na minha carreira e estar na abertura da Copa do Mundo diante de 80.000 torcedores no estádio e milhões em todo o mundo é um sonho de infância que se torna realidade". Representante local no evento, Garifulina é descrita como “uma das jovens vozes mais aclamadas da Rússia”.
A FIFA não fez nenhum anúncio sobre a presença de Will Smith, autor, ao lado do porto-riquenho Nicky Jam e da cantora albanesa Era Istrefi, do hino oficial da Copa do Mundo, "Live it up".
De acordo com o prefeito da capital russa, Sergei Sobyanin, uma dúzia de líderes estrangeiros, entre eles muitos líderes de ex-repúblicas soviéticas, estará ao lado do presidente Vladimir Putin e do presidente da FIFA, Gianni Infantino, no estádio de Moscou. Mais significativa será a presença, anunciada pelo Kremlin, do presidente da Assembleia Popular Suprema da Coreia do Norte, Kim Yong Nam, dois dias depois da cúpula histórica em Singapura entre Donald Trump e Kim Jong Un.
Inaugurado em 1956 e hoje chamado de estádio Lujniki, o espaço sediará sete partidas da Copa do Mundo de 2018, incluindo abertura e final. No passado também teve importância de peso em outro evento esportivo recepcionado pelos russos: a Olimpíada de 1980. Na época, o local ainda se chamava estádio Lenin, nome que perdurou até 1992.
Em 1980, quando o estádio recebeu as cerimônias de abertura e de encerramento dos Jogos, o mundo conheceu o ursinho Misha, um dos mascotes mais populares da história das Olimpíadas -o animal é também símbolo do país.
Na época, uma imagem ficou marcada no imaginário popular: o urso Misha, estampado em um mosaico de coreógrafos que levantavam placas coloridas em perfeita sincronia na arquibancada, chorou - lágrimas caíram do seu olho esquerdo.
Já o estádio, desde que foi inaugurado, passou por várias remodelações. A realizada para a Copa foi a maior e que exigiu mais dinheiro. Iniciada em 2013 e finalizada apenas às vésperas do mundial de futebol, a mais recente reforma consumiu cerca de US$ 470 milhões (R$ 1,5 bilhão).