Croácia x Dinamarca: confronto de emergentes

O duelo vale como tira-teima entre duas seleções que buscam afirmação
Diego Borges
Publicado em 01/07/2018 às 8:04
O duelo vale como tira-teima entre duas seleções que buscam afirmação Foto: AFP


Croácia e Dinamarca podem até não figurar entre as maiores seleções de futebol da Europa, mas certamente serão lembradas quando o assunto é abordar seleções emergentes no futebol do velho mundo. Neste domingo, em Nizhny Novgorod, as duas equipes se enfrentam pela primeira vez em uma Copa do Mundo, nas oitavas de finais, protagonizando um jogo que valerá como um novo tira-teima sobre qual das duas está mais próxima de avançar de patamar.

Em resultados históricos da Copa, a Croácia ganha um peso maior em relação aos rivais. Estreante em 1998, na França, o país originado a partir da dissolução da Iugoslávia alcançou o terceiro lugar geral, liderados pelo artilheiro daquela edição, Davor Suker. Já a Dinamarca tem uma relevância mais fundamentada em Eurocopas, com o 3º lugar alcançado em 1984 e o título de 1992. Resultados que renderam-lhe a pecha de ‘Dinamáquina’ - a geração também fez uma grande primeira fase da Copa de 1986.

O primeiro grande entrave dos dois países colocou frente a frente essas duas gerações vitoriosas, na fase de grupos da Eurocopa de 1996. Mesmo defendendo o título, o time escandinavo foi superado pelos emergentes dos Balcãs, perdendo pelo placar de 3x0.
Agora, na Rússia, as equipes chegam para o confronto em lados opostos. Enquanto os croatas contam com a experiência das estrelas Rakitic, Modric e Mandzukic, os dinamarqueses apostam em jogadores um pouco mais jovens, como o centroavante Jorgensen, o ponteiro Poulsen e o meia Eriksen.

Apesar de contar com uma equipe mais badalada e ter melhores números na Copa, o técnico croata Zlatko Dalic rejeita o favoritismo. “Nós não somos favoritos para a partida contra a Dinamarca, está em 50% para cada lado. Vai ser um jogo disputado de forma muito firme, taticamente falando. Nosso objetivo é claro: as quartas de final”, apontou.

Criticado pelo futebol burocrático no empate com a França, o técnico Age Hareide, da Dinamarca não se envergonha de “fazer o que é preciso fazer para ganhar jogos”, e projeta o adversário das oitavas. “Vai ser um jogo difícil, mas teremos que ser inteligentes. Ser organizados e ter boa performance. Vamos esperar para ver.”

NÚMEROS

Os números da fase de grupos dizem muito sobre o estilo de jogo das duas equipes. Com sete gols na Copa, a Croácia apresenta um futebol mais ofensivo, de pressão por eficiência sobre os adversários. Já a Dinamarca, única classificada com dois apenas gols marcados (mesma quantidade que o Panamá - dono da pior campanha da Copa -, por exemplo), trabalha com foco na parte defensiva, prezando pela eficácia no aproveitamento das poucas chances de gols que gera nas partidas.

Apesar dessa divergência entre os setores ofensivos, os times apresentam números semelhantes na parte defensiva e em relação ao controle de bola. Mesmo com a Croácia acostumada a ter maior posse de bola, ambas as equipes possuem um nível de aproveitamento dos passes bastante semelhantes, assim como na parte de desarmes e recuperação de bola.

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