O nome do presidente da Uefa, o francês Michel Platini, veio à tona no escândalo de corrupção sobre a escolha do Catar como sede da Copa do Mundo de 2022, revelou o jornal "Daily Telegraph", afirmando que ele se reuniu em segredo com o homem forte da candidatura catariana antes da votação.
Em sua edição de terça-feira (4), o "Telegraph" diz ter provas de que o presidente da Uefa se reuniu em privado com o catariano Mohamed Bin Hammam, quando era membro do Comitê Executivo da Fifa. Em 2012, Bin Hammam foi banido para sempre por corrupção.
Segundo o jornal "Sunday Times", Bin Hammam teria gasto mais de US$ 5 milhões para que as autoridades do futebol mundial votassem no Catar.
Em sua edição on-line, o "Telegraph" informa que o café da manhã entre Platini e Bin Hamman teria acontecido um mês antes da votação do Comitê Executivo da Fifa, em 2 de dezembro de 2010, em Zurique.
Alguns dias depois, antes da votação, o presidente da Uefa foi a um jantar no Elysée, a convite do então presidente francês, Nicolas Sarkozy, e na presença do emir do Catar e do primeiro-ministro do Emirado.
"Afirmo categoricamente que o presidente Sarkozy não me pediu para votar para que o Catar fosse a sede do Mundial 2022, nem antes, nem durante, nem depois desse encontro", insistiu o presidente da Uefa em uma entrevista ao jornal esportivo espanhol "As".
Nesta segunda-feira (2), a Fifa anunciou que a investigação sobre a polêmica atribuição do Mundial 2018 à Rússia e o de 2022 ao Catar deve estar concluída até 9 de junho.
Presentes no Brasil antes da abertura da Copa do Mundo em 12 de junho, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, e o secretário-geral dessa organização, Jérôme Valcke, não quiseram comentar as acusações do "Sunday Times".