O paraguaio Alejandro Domínguez foi eleito nesta terça-feira (26) por unanimidade o novo presidente da Conmebol, durante o Congresso extraordinário que busca deixar para trás os escândalos de corrupção na entidade sul-americana.
Dominguez, de 44 anos, foi eleito após o presidente interino, o uruguaio Wilmar Valdéz, oficializar a retirada de sua candidatura.
Os três presidentes anteriores da Conmebol estão detidos ou sendo investigados pela justiça, envolvidos nos escândalos de corrupção que afetam o futebol mundial.
Domínguez, que também assumirá o cargo de vice-presidente da Fifa, presidirá a Conmebol até 2019, assumindo o mandato do antecessor, o também paraguaio Juan Angel Napout.
Napout renunciou em dezembro, depois de ser preso em Zurique quando se preparava para participar de uma reunião do Comitê Executivo da Fifa. Atualmente, cumpre prisão domiciliar em Nova York.
O antecessor de Napout no cargo, o uruguaio Eugenio Figueredo, foi detido na cidade suíça em maio e extraditado para seu país, onde está preso.
O outro ex-presidente da Conmebol envolvido no chamado 'Fifa-gate', o paraguaio Nicolás Leoz, está cumprindo prisão domiciliar em Assunção.
Durante o Congresso, realizado na sede da Conmebol, nos arredores de Assunção, Valdéz explicou que a entidade que comanda o futebol sul-americano optou por votar em consenso e eleger Domínguez "para devolver a credibilidade que o futebol sul-americano merece".
Valdéz afirmou que um espírito de unidade e coesão acabou se sobrepondo "para trabalhar e sair de vez desta difícil situação", resultado dos escândalos de corrupção na Fifa.