O ex-presidente da CBF José Maria Marin depositou nesta quarta-feira (10) $ 200.000 dólares em um tribunal de Nova York para preencher os requisitos da prisão domiciliar sob fiança de US$ 15 milhões, enquanto aguarda o julgamento pelo caso de corrupção na Fifa, constatou a AFP.
O juiz federal de Brooklyn, Raymond Dearie, assinou uma ordem na data desta quarta-feira que confirma o pagamento em espécie, de acordo com um documento incluído no expediente do caso.
Marin, de 83 anos, foi preso em maio do ano passado em Zurique, na Suíça, a pedido da justiça americana junto com outros seis altos dirigentes, quando estourou o escândalo da Fifa, e foi extraditado para os Estados Unidos no início de novembro.
O cartola foi ouvido pelo tribunal logo no dia em que desembarcou em Nova York e se declarou inocente de cinco acusações que pesam contra ele, entre elas formação de quadrilha, fraude e lavagem de dinheiro.
No dia 16 de dezembro, fez o mesmo para outras sete acusações incluídas na segunda ata do processo.
Em novembro, Marin havia pago um milhão de dólares para aguardar o julgamento em prisão domiciliar, no apartamento de luxo que possui em Nova York.
Em 14 de janeiro, Stillamn havia pedido ao juiz Dearie uma extensão do prazo até 5 de fevereiro para pagar a última parcela, uma carta de crédito de 200.000 dólares, devido às difíceis "condições econômicas do Brasil".
Na impossibilidade de conseguir esta carta de crédito, a defesa fechou um acordo para que 200 mil sejam depositados diretamente.
Marin é acusado de ter recebido milhões em propinas com a venda de direitos de transmissão da Copa América de 2015, 2016, 2019 e 2023, e da Copa do Brasil, de 2013 a 2022.
No total, 12 dirigentes e duas empresas já se declararam culpadas no 'Fifagate' e 27 pessoas estão sendo investigadas, entre elas o sucessor de Marin, Marco Polo Del Nero, presidente licenciado da CBF, e seu antecessor, Ricardo Teixeira, que exerceu a função de 1989 a 2012.