ESPANHA

Justiça ordena reabertura do processo contra Neymar por transferência ao Barcelona

A Audiência decretou ''a continuidade do processo'', de acordo com uma decisão judicial publicada nesta sexta-feira (23)

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Publicado em 23/09/2016 às 12:30
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A Audiência decretou ''a continuidade do processo'', de acordo com uma decisão judicial publicada nesta sexta-feira (23) - FOTO: Foto:CURTO DE LA TORRE / AFP
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A Audiência Nacional (principal instância penal espanhola) ordenou a reabertura do processo contra Neymar e seu pai por suposta corrupção na transferência do jogador brasileiro ao Barcelona, revogando o arquivamento do caso que havia sido decretado por um juiz.

A Audiência admitiu assim os recursos da promotoria e do fundo de investimentos brasileiro DIS, antiga proprietária de parte dos direitos do atleta, contra a decisão do juiz José de la Mata, decretando "a continuidade do processo", de acordo com uma decisão judicial publicada nesta sexta-feira (23).

De la Mata havia arquivado o caso por supostos delitos de "corrupção nos negócios e fraude", ao considerar que "as condutas analisadas não podem ser perseguidas penalmente".

Mas os magistrados da Sala Penal da Audiência Nacional consideraram nesta sexta-feira que "há indícios suficientes" para seguir adiante com a investigação.

De acordo com a nova decisão, o livre mercado de contratação de jogadores pode ter sido alterado com um acordo assinado pelo Barcelona e Neymar para garantir a contratação do brasileiro.

Denúncia

O caso teve início com uma denúncia do fundo DIS, proprietário de 40% dos direitos do atacante no momento da transferência de Neymar ao Barcelona, que se considerou prejudicado pela operação.

Em um primeiro momento, o Barça anunciou oficialmente a contratação de Neymar por 57,1 milhões de euros (40 milhões para a família de Neymar e 17,1 para o Santos), mas a justiça espanhola calcula que foi de pelo menos 83,3 milhões de euros.

O DIS, que recebeu 6,8 milhões de euros dos 17,1 correspondentes ao Santos, se considera prejudicado duas vezes: por não ter recebido sua parte pelo valor real da transferência e por um contrato de exclusividade entre o Barça e Neymar assinado em 2011, o que impediu outros clubes de entrar na disputa pela contratação do brasileiro.

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