Atlético-MG se nega a jogar contra a Chapecoense na última rodada do Brasileirão

Decisão foi anunciada pelo presidente do Galo, Daniel Nepomuceno, na manhã desta quinta-feira (1)
Luana Ponsoni
Publicado em 01/12/2016 às 11:10
Decisão foi anunciada pelo presidente do Galo, Daniel Nepomuceno, na manhã desta quinta-feira (1) Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG


Ficou para o Atlético-MG a dura missão de encarar a Chapecoense na última rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, adiada para o próximo dia 11 deste mês após o acidente aéreo que matou boa parte da delegação do time catarinense. Diante das proporções da tragédia, que vitimou fatalmente 71 pessoas, o presidente do Galo, Daniel Nepomuceno, anunciou em entrevista coletiva, na manhã desta quinta-feira (1), que o time mineiro não vai viajar a Chapecó para a partida.

A não realização do jogo fará com que os catarinenses terminem com 55 pontos, na oitava ou nona colocação. Já o Atlético-MG, que encerraria na quarta posição de qualquer forma, ficará com os mesmos 62 pontos. 

“Vim aqui somente informar que o Atlético não irá jogar, não irá até Chapecó jogar a última partida. A gente acredita no esporte, a gente respeita a dor, não é o momento para cobrar de jogador nenhum o que é a essência do esporte. Já comuniquei a CBF, que concorda; já conversei com o presidente da CBF, Marco Polo, que concordou. Mas nesta partida o Atlético não irá. Provavelmente, a maior punição é a perda dos três pontos, como isso não altera a posição do Atlético na tabela, não podemos ser prejudicados. É o mínimo que tem que se ter pelos familiares, pela cidade, pelo estado e pelo país que está sofrendo com a tragédia nesta semana”, afirmou o dirigente na coletiva. 

CBF

 Antes de o Atlético-MG anunciar a decisão de não jogar contra a Chape, a vontade do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, era que o jogo acontecesse. A intenção do cartola era fazer uma grande “festa” depois da partida para homegear a equipe de Chapecó.

“Conversei com o presidente Del Nero sobre a partida contra o Atlético-MG. Ele disse: ‘Este jogo tem que acontecer. Tem que ser uma grande festa’. Respondi: ‘Não temos 11 jogadores'. Ele disse: ‘Tem, sim. Vocês têm categoria de base, os jogadores que ficaram. Não importa. Tem que fazer uma grande festa. Chapecó e a Chapecoense merecem’", contou o presidente em exercício do clube catarinense, Ivan Tozzo.


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