Superada pela Suécia no jogo de ida (1-0), a Itália está na beira do precipício e precisa superar as adversidades jogando em Milão, nesta segunda-feira, para conquistar vaga na Copa do Mundo 2018, competição que não desfalca desde 1958.
A Azzurra precisa mostrar outra cara para marcar presença no Mundial, algo que sequer era imaginado pelo técnico Giampiero Ventura: "eu sequer contemplo a ideia de não nos classificarmos. Vamos para a Rússia certamente", disse o treinador na última segunda-feira.
Mas a um dia do jogo decisivo, muitos temem que a tetracampeã mundial fique de fora da maior festa futebolística do mundo.
Só os maoires de 60 anos lembram de um Mundial sem a Itália. O país só ficou de fora de duas edições: em 1930, por recusar o convite, e em 1958, quando a Irlanda do Norte a superou na fase de classificação.
A dona dos títulos de 1934, 1938, 1982 e 2006 faria falta ao torneio. Mas como a seleção poderia se recuperar da situação de desespero, apesar de ter feito boa participação na Eurocopa em 2016 (eliminada nas quartas de final)
Superados por uma Espanha infinitamente melhor na fase de grupos, Gianluigi Buffon e seus companheiros ainda sentem a dura derrota por 3 a 0 sofrida em Madri, em setembro.
- 'Coração, determinação e tática' -
Em absoluta crise de confiança e guiada por um técnico sem experiência em alto nível, a Itália conta com poucos argumentos para consolidar as esperanças de classificação.
Um deles é a menor qualidade técnica dos suecos, que se mostraram aguerridos e organizados em Solna, mas não pareceram invencíveis. Com um pouco mais de velocidade e atrevimento, os italianos poderiam voltar da visita ao país nórdico com um resultado melhor.
Velocidade e audácia poderiam ser encarnadas por Lorenzo Insigne, ponta da Napoli que deve ser titular no sistema do treinador. Na partida de ida, Insigne começou no banco, o que deixou todos incrédulos. O atacante só entrou em campo ao substituir Marco Verratti a 15 minutos do final.
Mas além de esquemas táticos e qualidade individual, a Itália precisará mostrar uma dose extra de orgulho.
"As três palavras para levarmos em consideração são coração, determinação e táticas. Se conseguirmos juntá-las bem, as coisas serão diferentes do que foram na sexta-feira", declarou Ventura em coletiva de imprensa deste sábado.
Já Buffon, cuja imensa carreira com a seleção se encerraria na segunda-feira em caso de eliminação, resumiu: "precisamos ser ferozes. Nós e toda Itália. Estamos obrigados a fazer uma pequena proeza e precisamos do apoio das pessoas".
A resposta do estádio San Siro, onde a Itália nunca perdeu, já foi dada: mais de 70.000 torcedores empurrarão o time para que 2018 não se pareça com 1958.
FICHA DA PARTIDA - ITÁLIA X SUÉCIA
Itália: Buffon - Barzagli, Bonucci, Chiellini - Candreva, Florenzi, Jorginho, Parolo, Darmian - Immobile, Gabbiadini.
Treinador: Gian Piero Ventura
Suécia: Olsen - Lustig, Lindelof, Granqvist, Augustinsson - Claesson, Larsson, Johansson, Forsberg - Toivonen, Berg.
Treinador: Janne Andersson