Seleção encontrará mármore, praias e influência de Stalin em Sochi

A seleção brasileira escolheu Sochi como sua 'casa' na copa da Rússia
AFP
Publicado em 04/03/2018 às 14:50
A seleção brasileira escolheu Sochi como sua 'casa' na copa da Rússia Foto: VITALY TIMKIV / AFP


A seleção brasileira escolheu como Sua 'casa' na Copa do Mundo 2018 um hotel de luxo de frente para o mar em Sochi, uma estação balneária no sul da Rússia, construída sob Stalin para os membros do regime comunista.

Como acontece a cada quatro anos, o Brasil chegará à Copa do Mundo, de 14 de junho a 15 de julho, como uma das Seleções favoritas ao título. Algo que sempre atiça a curiosidade de jornalistas e torcedores, que irão se deparar com um esquema de segurança reforçado.

O 'Swissôtel Sotchi Kamelia', hotel cinco estrelas situado entre o mar Negro e um luxuoso parque de abetos e palmeiras, é rodeado por muros altos e protegido por seguranças armados e sisudos.

"Nosso hotel não tem acesso para a rua. A propriedade conta com segurança própria e obviamente esta será reforçada durante a Copa do Mundo", explicou à AFP Gregori Gregoriev, gerente do estabelecimento: "E acredito que o local também será protegido a nível governamental".

Nada de anormal para Sochi, uma cidade de 350.000 habitantes que ganhou fama mundial ao sediar os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014. Mesmo rodeada pelas montanhas do Cáucaso, a cidade também é beneficiada por um clima subtropical que conquistou Vladimir Putin.

O presidente russo passa cada vez mais tempo em Sochi durante seus mandatos e contribuiu para devolver à cidade seu brilho da época soviética, quando estava no coração da "Riviera soviética", acostumando os habitantes ao vai e vem de serviços de segurança.

Piscina com cascata 


 Dentro do Swissôtel, nada indica que o estabelecimento foi construído sob Stalin. Candelabros de cristal no teto, diamantes à venda no hall de entrada e, acima da piscina com cascata, um terraço de mármore onde Neymar -a priori recuperado da cirurgia no pé- tomará seu café da manhã com vista para o mar.

"Faremos de tudo para que deixem o hotel felizes e despreocupados", garante Gregori Gregoriev: "Vamos ajudá-los a ganhar a Copa do Mundo".

Espaçosos, os quartos clássicos possuem monitores de televisão cobrindo boa parte das paredes brancas e janelas que dão aos hóspedes a possibilidade de assistir ao pôr do sol alaranjado da região.

Mas o trunfo do Swissôtel Kamelia, além do campo de treinamento a cinco minutos de distância, é a praia. É verdade que não se trata de Copacabana, mas "o clima de Sochi é particularmente parecido com o do Brasil", afirma Gregoriev.

Quanto ao restaurante, é pouco provável que a seleção aproveite a "cozinha europeia inspirada pela Suíça" proposta pelo hotel. A delegação do Brasil chegará à Rússia com chef e nutricionista particulares, que terão o estafe do hotel à disposição.

"Eles certamente vão nos pedir o que, para nós, são frutas exóticas, como mamão ou maracujá. Mas nada que não vimos antes", continua o gerente.

Embora tenha escolhido Sochi como sua casa durante a Copa, o Brasil não jogará uma partida sequer na cidade, que sediará seis jogos do torneio. Na estreia, contra a Suíça em 16 de junho, a seleção voará 400 quilômetros rumo ao noroeste da Rússia, com destino para Rostov.

Em seguida, serão 2.000 km para o norte para enfrentar a Costa Rica em São Petersburgo. Na última partida, um duelo contra a Sérvia em Moscou. 

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