O fim da fase de grupos da Copa do Mundo Feminina trouxe a definição que as brasileiras tanto esperavam. Se tudo indicava que esse era o confronto mais provável, agora é oficial: França x Brasil nas oitavas de final. O jogo da tarde do domingo (23/6) começa às 16h (horário de Brasília), no Stade Océane, em Le Havre. Além de uma vaga nas quartas, o embate vale também a busca por uma quebra de tabu.
Até agora, as seleções brasileira e francesa se enfrentaram em oito oportunidades. E o retrospecto é muito favorável às europeias. Entre amistosos e Copas do Mundo, são cinco empates e três vitórias da França. O único jogo oficial ocorreu no Mundial de 2003 e Katia Cilene fez o gol brasileiro naquele 1x1. Já a partida mais recente entre as duas equipes foi em novembro do ano passado, em Nice, com vitória das anfitriãs por 3x1.
Para a meia brasileira Luana, é preciso, em uma Copa do Mundo, estar preparado para o adversário que vier. “Tem que estar pronta para enfrentar as seleções mais fortes. Claro que a gente não queria que fosse agora, mas não tem o que escolher, tem que ir para o ‘pau’. A seleção da França, seleção da casa, é muito experiente, que já vem junta há muito tempo, vem forte. Vai ser um grande desafio”, disse.
Quem avançar deste confronto encara o vencedor do jogo entre Espanha e Estados Unidos. Mas Luana prefere pensar em ganhar a partida que se aproxima e só depois, caso conquiste a vitória, focar no próximo.
“A gente vem mostrando, a cada jogo melhorando, isso é muito importante. A gente está indo no caminho certo, mas precisa valorizar mais nossa posse de bola para não dar chance para o adversário, porque temos cometido erros bobos. É concentração, foco e procurar estar mais ligadas para o próximo jogo”, avaliou.
Ontem, após a folga na quarta-feira, a seleção voltou aos treinos em campo, no centro de treinamento em Lille. As reservas da partida contra a Itália realizaram um trabalho de finalização seguido de um coletivo em campo reduzido. As titulares participaram de um regenerativo no hotel.
Depois de desfalcar o Brasil na última partida da fase de grupos, a volante Formiga volta ao time. A jogadora, que sofreu um entorse leve no tornozelo esquerdo na partida com a Austrália, fez trabalhos físicos, correu no campo e fez exercícios com uma fisioterapeuta da seleção.
O retorno da experiente jogadora é um ponto bastante positivo, na opinião de Luana, que a substituiu no segundo tempo do jogo contra a Austrália. A meia ressalta a experiência e o controle de jogo da atleta de 41 anos, além da motivação fora de campo. “O fogo que ela tem nos olhos, a vontade de jogar futebol. Ela tem 41 anos, inspira muito. Quando você a vê, tem muita vontade de estar lá e brigar junto”, emendou.
A delegação segue hoje, de ônibus, para Le Havre. O trajeto deve durar cerca de três horas.