Dois meses após denunciar um suposto estupro de Neymar, que acabou não sendo indiciado no final das investigações da 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, Najila Trindade evita sair de casa em São Paulo. A modelo fica incomodada com os olhares e a situação piora quando ela é reconhecida. Sem cerimônia, algumas pessoas sacam o celular e tiram fotos. Ela está sendo acompanhada por um psicólogo e não tem planos definidos para o futuro.
A modelo ficou arrasada ao saber que a delegada Juliana Lopes Bussacos, da 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, de Santo Amaro, afirmou não ter encontrado provas para indiciar Neymar no inquérito do estupro que ela denunciou. As investigações foram encerradas na segunda-feira e enviadas para o Ministério Público A delegada informou que não poderia oferecer detalhes da decisão, pois o inquérito corre sob segredo de justiça.
O MP terá 15 dias para avaliar o inquérito. As promotoras do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid) podem oferecer denúncia (acusação formal à Justiça), pedir o arquivamento do inquérito ou novas diligências. "Minha decisão não obsta o prosseguimento da ação", disse a delegada.
As conclusões do MP e da Polícia Civil vão embasar a decisão final da juíza da Vara da Região Sul 2 de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. "Ele fez o que fez e ainda saiu livre", disse a modelo ao advogado Cosme Araújo assim que soube do fim das investigações.
Najila afirma que roubaram o seu tablet e o celular que teriam um vídeo do segundo encontro com Neymar - a polícia investiga também esse episódio.
Paralelamente, a 11ª Delegacia de Polícia de Santo Amaro investiga se a modelo cometeu uma suposta denúncia caluniosa ou fez uma falsa comunicação de estupro. O inquérito foi instaurado após uma petição de Neymar e seu pai e corre sob sigilo de justiça.