Náutico: 'A cobrança é pela grandeza do clube', diz Gilmar

Em fase final de recuperação, atacante falou sobre início de temporada do Timbu
Diego Toscano
Publicado em 04/02/2018 às 7:15
Em fase final de recuperação, atacante falou sobre início de temporada do Timbu Foto: JC Imagem


Em 2018, Gilmar completa 10 anos da primeira passagem pelo Náutico. Ao JC, o atacante falou sobre sua recuperação da cirurgia nos ligamentos do joelho, que está entrando na fase final, do futuro como jogador, com a situação contratual no clube da Rosa e Silva, o que mudou de 2008 para cá, tanto nele quanto no clube e no técnico Roberto Fernandes, e o que espera do atual elenco do Timbu.

RECUPERAÇÃO

Devo ir pro campo daqui uma semana. Agora estou trabalhando na academia. A recuperação está ótima e bastante avançada. Vou fazer quatro meses (da lesão no joelho) no próximo dia 17 de fevereiro. Minha preocupação maior é fortalecer a musculatura para quando iniciar o trabalho de campo não sentir muito. A previsão para treinar com o grupo é com cinco meses de cirurgia. Isso depende muito de como vou voltar. Clinicamente, dão de seis a oito meses para ser liberado para um jogo oficial. Estou bastante confiante.

CONTRATO

Não tenho contrato com o clube ainda. Acabou no dia 30 de novembro, no final da Série B. Fiz a cirurgia e até então não renovamos. Algumas vezes me chamaram para sentar para conversar sobre a renovação, mas ainda nada de concreto. Lógico que para mim seria ideal ficar até o final do ano. Mas vou esperar quando estiver pronto para jogar. Caso não tenha interesse por parte do clube, pelo menos vou estar apto a negociar com outros clubes.

ATRASADOS

Ainda estou no grupo (do WhatsApp) dos jogadores do ano passado. Sei que chamaram alguns para fazer acordo. Meu caso é diferente porque permaneci devido a lesão. Em termos de salários, o clube está pendente comigo. Ficaram de conversar para ver aquilo que está faltando e fazer um acordo. Mas estou bastante tranquilo. Tenho que focar mesmo na minha recuperação. Em breve, tudo vai se resolver.

10 ANOS DEPOIS

O Gilmar de dez anos depois ficou mais experiente (risos). Não tem como negar. No futebol e na vida, cada ano que passa, você vai amadurecendo. Gilmar no início era muito juventude. Não tinha os atalhos nem dosava (o ritmo) em campo. Hoje, mais experiente, procuro me cuidar. Um tempo atrás, ia dormir de três da manhã, acordava de sete horas para treinar e não sentia nada. Quando vai chegando uma certa idade, você tem que se preservar.

ROBERTO

Trabalhei com Roberto (Fernandes, técnico) em 2008, quando a gente livrou (o Náutico) da queda (na Série A), e 2009 também, no início do ano. Além do Náutico, também trabalhamos juntos em outros clubes. Tem a personalidade explosiva dele, mas é uma coisa que não me assusta porque já conheço e sei lidar. Esse tempo todo, assim como procurei melhorar e crescer dentro de campo, Roberto também amadureceu bastante. Teve trabalhos de êxito quando saiu do Náutico e acredito que só tem a crescer e melhorar mais ainda.

ELENCO DE 2018

Nós estamos falando de um time que, mesmo no início de fevereiro e com poucos jogos no ano, a gente vê uma cobrança excessiva, pela grandeza do clube. Em início de temporada, não só o Náutico, mas vários outros clubes grandes estão encontrando dificuldades. São jogadores novos, mas tenho certeza que, quando chegar o entrosamento, tudo vai fluir e o torcedor vai voltar confiante pros estádios. É bom porque faz os jogadores sentirem o que é o Náutico: a cobrança, a grandeza do clube e responsabilidade de vestir essa camisa. Precisam saber que o Náutico tem uma torcida apaixonada, que vem cobrando títulos e uma postura melhor de todos que fazem parte do clube. Tenho certeza que os resultados vão começar a fluir daqui pra frente.

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2008 Roberto Fernandes gilmar Náutico
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