O Náutico de 2018 surpreende muita gente, mas o técnico Roberto Fernandes não é uma delas. Sincero, o treinador afirmou que esperava uma reação do Timbu no início da temporada. Hoje, o clube é finalista do Pernambucano, colocando quase 40 mil pessoas de público nos dois jogos do mata-mata, está vivo na Copa do Nordeste e jogará a quarta fase da Copa do Brasil contra a Ponte Preta.
"Se eu disser que não esperava, estaria mentindo. Por uma questão simples: de sobrevivência. É muito difícil no futebol brasileiro, em um time que cai, o treinador ser mantido. Dá pra contar nos dedos da mão os exemplos. No ano seguinte, sabemos o quanto vamos ser pressionados. Entendo que se não acontecesse dessa forma, eu estaria numa situação bem complicada. Precisávamos começar assim: fazendo de cada jogo uma decisão. Na hora que não der no jeito, vai na força", afirmou o treinador do Náutico.
Mesmo com uma arrancada tão boa no início do primeiro semestre, o Náutico continua colocando o acesso para a Série B como o principal foco do ano, até mais que a quebra do jejum de 14 anos sem títulos. "Continuo achando isso. Se você pergunta ao presidente, ao vice de futebol ou a qualquer diretor, todos vão dizer que o principal objetivo é voltar pra Série B. Mas é claro que para mim, como treinador, é satisfatório estar dentro desse processo (de vitórias no início do ano)", disse.