Na Arena de Pernambuco, o Náutico pode encerrar tabu de 29 anos sem títulos como mandante. Desde 1989 que o Timbu não é campeão dentro dos domínios que escolheu mandar seus jogos. De lá para cá foram três conquistas de Pernambucano no Arruda (2001, 2002 e 2004) como visitante. Na década de 1980, com a reforma dos Aflitos, o clube alvirrubro conquistou três títulos (1984, 1985 e 1989) jogando no José do Rêgo Maciel.
De 1989 para cá, o Náutico disputou 10 finais de Pernambucano, com sete derrotas (1991, 1992, 1993, 1994, 1995, 2010 e 2014) e três vitórias (2001, 2002 e 2004). Em outros três anos (2005, 2008 e 2009) foi vice-campeão, mas a edição não teve decisão em mata-mata.
Hoje, o Timbu está a uma vitória de faturar o título do Estadual após 14 anos de jejum. Na Arena de Pernambuco e com recorde de público, o clube enfrenta o Central precisando de triunfo simples. “O Náutico lutou bastante para chegar nesse momento. Mas ele já chegou em uma final nos últimos 13 anos. Agora é o momento do algo a mais para superar um adversário valente como é o Central. Final é detalhe. Acredito que, no segundo jogo, as duas equipes chegam iguais”, afirmou o técnico Roberto Fernandes.
Como disse o treinador do Timbu, os dois times chegam em completo “pé de igualdade” na decisão. Na fase de grupos, ambos fizeram 19 pontos, com cinco vitórias, quatro empates, um derrota e sete de saldo. O Náutico só decide a segunda partida em casa porque fez mais gols: 17x13. No mata-mata, mais equilíbrio: a Patativa passou por América (3x2) e Sport (1x0), enquanto o Timbu venceu Afogados (1x0) e Salgueiro (3x2). Placares iguais em fases invertidas. No primeiro jogo da final, 0x0 no Lacerdão.
“O que o Náutico tem de vantagem nessa final é sua camisa, tradição e mando de campo. Mas a campanha geral das duas equipes é rigorosamente igual: Central e Náutico têm 25 pontos no geral, além de folhas salariais muito parecidas. A única diferença é que o Central é menos vazado e o Náutico é positivo no ataque”, finalizou o treinador.