Definitivamente, a temporada 2018 do Pernambucano sub-17 será lembrada pelas polêmicas na reta final. Na semifinal, no dia 13 de outubro, confusão generalizada no Clássico das Multidões. Agora, na decisão, Náutico na bronca com a Federação Pernambucana de Futebol (FPF), que rebateu e criticou o clube alvirrubro. O jogo de volta (a ida foi 0x0) da final, entre Timbu e Sport, está marcado para esta quarta (21), a partir das 15h e no estádio Gileno de Carli, no Cabo de Santo Agostinho.
A reclamação do Náutico começa justamente por causa da confusão no duelo entre Sport e Santa Cruz, em outubro e no CT leonino. Na ocasião, aos 39 minutos do segundo tempo, após falta marcada para o Tricolor, tricolores e rubro-negros começaram a brigar e a partida teve que ser encerrada antes do tempo regulamentar. Quatro jogadores da Cobra Coral e três do time leonino foram denunciados no Tribunal de Justiça Desportiva de Pernambuco (TJD-PE). Porém, quase 40 dias após o episódio, ninguém foi julgado ainda. O edital de convocação do TJD-PE, lançado na última segunda (19), coloca o julgamento para a próxima quinta (22) à noite, mais de 24 horas depois do jogo final.
"O Náutico foi o grande prejudicado com a briga que aconteceu entre Sport e Santa Cruz. Resultou na exigência, por nós compreendida, para que o jogo final fosse feito em estádio (questões de segurança). Isso fez com que nosso planejamento, de fazer a final no nosso CT, fosse impedido e a gente tenha que levar para o Gileno de Carli, já que os Aflitos não está reaberto. E o Sport, que participou da briga, não vai ter punição (em tempo hábil para a decisão), já que o julgamento só vai acontecer após o jogo. Isso nos faz ter uma atenção muito grande com a arbitragem, com receio de que algum erro aconteça e interfira no resultado do jogo", criticou o vice-presidente Diógenes Braga, em entrevista ao JC.
Diretor de competições da FPF, Murilo Falcão afirmou que a Federação não tem ingerência no julgamento e criticou a postura alvirrubra. "Tão supervalorizando a situação de um campeonato que deveria ser mais trabalho para formação de base, que o Náutico vem tendo muito sucesso, do que disputa de título em si. Claro que todo mundo quer ganhar, mas se cria um clima de hostilidade desnecessário para crianças. Como é que vão botar pressão numa decisão de sub-17? Isso é voltar a um passado que não existe mais. Estão vendo chifre em cabeça de burro", ressaltou.
A arbitragem no Gileno de Carli será comandada por trio pernambucano: Hugo Soares Dias Figueirêdo apita o jogo e Max Aurélio de Medeiros e Gustavo Lins Pereira serão os assistentes. O JC tentou entrar em contato com o TJD-PE, mas não obteve resposta em tempo hábil.