Aclamação por um lado e disputa acirrada por outro. Nas últimas semanas, as eleições do Náutico ganharam um novo contorno. Para o executivo, o atual presidente Edno Melo e do vice-presidente Diógenes Braga serão reeleitos para o biênio 2020/2021. Na disputa para as vagas do Conselho Deliberativo do quadriênio 2020/2023 o clima esquentou, inclusive com a tentativa de impugnação de Newton Morais, negada neste sábado pela Comissão Eleitoral do Náutico. Os sócios aptos ao voto poderão comparecer das 8h às 17h de hoje, na sede dos Aflitos.
Ao lado de Diógenes Braga, o presidente Edno Melo será aclamado pela segunda vez no clube. Em 2017, também foi eleito como candidato único. O atual mandatário alvirrubro, aliás, será candidato a presidente do Náutico pela terceira vez consecutiva. Em 2015, foi derrotado por Marcos Freitas por uma diferença de apenas dez votos. Confirmando a reeleição, Edno será o primeiro presidente do executivo a ser reeleito desde Ricardo Valois, que esteve à frente do Timbu entre os anos de 2004 e 2007.
"Esse é um cenário muito positivo. Numa análise macro, a aclamação dá uma ideia de que há uma aprovação da gestão e essa ideia de aprovação demonstra que há um entendimento de que o clube está no caminho certo. Eu acho importante politicamente para o clube ter caminhado para uma eleição do executivo com uma situação de aclamação, acho que a gente chega nessa situação exatamente pelo nosso perfil não ser um perfil político. Edno Melo e eu somos empresários e a nossa visão é de gestão", destacou o vice-presidente Diógenes Braga.
Apesar da chapa da situação ter sido a única inscrita para a eleição do executivo, Diógenes Braga não enxerga um cenário de completa paz nos bastidores políticos do Náutico. O vice-presidente alvirrubro acredita que haveria oposição para a eleição do executivo caso o time não tivesse conquistado o acesso e o título da Série C. "Na minha visão, com os grupos que concorrem ao conselho, já se delineia quais seriam as possíveis chapas de oposição ao executivo", destacou.
"Eu entendo que ir para a eleição com a situação de aclamação, depois de duas ou três gestões com temperaturas muito altas no clube, é muito positivo. Nos dá um cenário de calmaria, não vou dizer que todo mundo está feliz com a aclamação, a gente sabe, por exemplo, que se não tem aquele pênalti contra o Paysandu ou se o Jean Carlos tivesse perdido, a gente teria sim oposição. O fato da gente ir sem oposição mostra, ao menos, que há uma convicção de que o momento não é de bate-chapa", acrescentou Diógenes.
Apoiado pela situação, o atual vice-presidente jurídico do Náutico, Alexandre Carneiro, lidera o grupo de conselheiros e será candidato à presidência. Mais duas chapas de inscreveram. Uma tem o ex-vice-presidente de patrimônio Raphael Gazzaneo como candidato. Enquanto Newton Morais, ex- conselheiro do clube, lidera o outro grupo e teve a candidatura confirmada.
A partir desse ano, as eleições dos conselheiros para o Conselho Deliberativo será de forma proporcional. Cada chapa elege um número de conselheiros referente ao percentual de votos que obteve nas urnas, a partir de um mínimo de 10% (quociente eleitoral). No final, 270 nomes serão eleitos para compor as cadeiras do Conselho Deliberativo do Náutico.