Fora do GP do Brasil de Fórmula 1 por causa de problemas financeiros, depois de também ter se ausentado do GP dos Estados Unidos, a Marussia anunciou oficialmente nesta sexta-feira que demitiu cerca de 200 funcionários que ainda trabalhavam para a equipe e encerrou as suas atividades na categoria máxima do automobilismo.
Na última quarta-feira, a equipe chegou a constar em uma lista de 11 equipes inscritas no Mundial de 2015. Porém, sua inscrição estava sujeita à confirmação e foi incluída sob o nome Manor Grand Prix, que é a empresa que operava a equipe na F1 atualmente. E nesta sexta a ausência do time para a próxima temporada foi decretada, encerrando de forma triste a sua participação na elite da velocidade mundial.
Geoff Rowley, administrador conjunto da equipe, informou nesta sexta, por meio de um comunicado, que "é profundamente lamentável que um negócio que tem tantos seguidores na Grã-Bretanha e entre os aficionados do automobilismo tenha que concluir suas operações e fechar as suas portas".
Em grave crise financeira, a Marussia já havia sido entregue a administradores legais no mês passado e agora tentava buscar investidores para se manter no grid da Fórmula 1, mas não teve sucesso e acabou amargando, em um período de pouco mais de um mês, duas notícias muito tristes em sua curta história na categoria. No último dia 5 de outubro, o francês Jules Bianchi sofreu sério acidente no GP do Japão, onde ele segue internado em estado grave.
Endividada, a Marussia começou a se complicar de forma mais intensa depois que o milionário russo Andrei Cheglakov, acionista majoritário da equipe, deixou de fornecer recursos para manter a equipe na Fórmula 1. A última corrida do time aconteceu na Rússia, no dia 12 de outubro, onde a escuderia foi para a pista apenas com o inglês Max Chilton, em respeito ao estado crítico de Bianchi, que não colocou um segundo carro no grid por opção própria na ocasião.
Ao confirmar o adeus da Marussia, Geoff Rowley destacou no comunicado divulgado nesta sexta que "enquanto a equipe fez significativo progresso durante este seu período relativamente curto de operação, a operação de uma equipe de Fórmula 1 requer contínuo investimento". Em seguida, ele disse que "infelizmente nenhuma solução pôde ser alcançada para permitir que o negócio continuasse em sua forma atual".
A Marussia começou na Fórmula 1 com o nome Virgin, antes de ser comprada por Andrei Cheglakov e ficar três anos no grid da categoria, na qual se tornou a primeira grande vítima da crise que afeta a elite do automobilismo. Também com sérios problemas financeiros, a Caterham foi outra escuderia a ficar forar do GP dos Estados Unidos e não correrá no Brasil, reduzindo assim de 22 para 18 o número de carros na pista no Autódromo de Interlagos, palco da prova brasileira neste domingo.