Simulação de abertura dos Jogos Olímpicos foi bem sucedida

''Temos certeza de que estamos prontos para a cerimônia de abertura'', disse o coordenador da Sesge
ABr
Publicado em 17/07/2016 às 20:55
''Temos certeza de que estamos prontos para a cerimônia de abertura'', disse o coordenador da Sesge Foto: Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil


A Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, do Ministério da Justiça e Cidadania (Sesge/MJC), concluiu neste domingo (17) o terceiro simulado de alinhamento das operações de segurança para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, que acontecerá no dia 5 de agosto, no Maracanã, zona norte do Rio de Janeiro.

Segundo informações do Palácio Guanabara, aproximadamente 2 mil profissionais atuaram no treinamento que testou os detalhes da operação integrada, envolvendo os aspectos de deslocamento das autoridades, atletas, voluntários e organizadores que participarão do evento.

Foram utilizados, durante a cerimônia, mais de 700 veículos, entre motos, carros, vans, ônibus, ambulâncias e helicópteros. Cerca de 250 ônibus percorreram rotas de chegada e de partida, tendo como destino o Estádio Maracanã, bem como as imediações do Palácio do Itamaraty, no centro.

O coordenador da Sesge/MJC, Felipe Seixas, comemorou o êxito do simulado que, segundo ele, foi um total sucesso.

Confiança

“Temos certeza de que estamos prontos para a cerimônia de abertura. A parte da escolta dos atletas, realizada pela Forca Nacional, da Vila Olímpica até o Maracanã, e a parte da segurança dos chefes de Estado e de autoridades brasileiras tiveram resultados positivos. Não houve qualquer tipo de transtorno na chegada ao Palácio do Itamaraty, e o mesmo ocorreu no Maracanã e no retorno ao Itamaraty”, salientou.

A simulação de hoje teve início às 6h, quando os acessos ao Palácio do Itamaraty  e ao Maracanã foram interditados peloa esquema de segurança para a solenidade de abertura. A operação foi concluída às 12h, quando as cerca de dez ruas interditadas na região começaram a ser liberadas sem que fosse registrados grandes engarrafamentos nas imediações do simulado.

Ao contrário dos testes anteriores, o terceiro simulado – a 19 dias da abertura dos Jogos –  teve ações ininterruptas, não havendo novas orientações nem troca de posições dos atores participantes. De madrugada, por volta das 3h, os grupos de trabalho se reuniram para os deslocamentos e a ativação dos centros de comando e controle envolvidos na operação. Por volta das 5h, as equipes se concentraram nos pontos de partida para o teste dos trajetos.

Complexidade

O coordenador regional de segurança dos Jogos, Cristiano Sampaio, falou da complexidade do simulado. “Toda a operação de retirada dos locais de origem e trajeto, até a cerimônia, e de retorno ao Palácio do Itamaraty, é algo extremamente complexo. Colocamos a operação nas ruas, cronometramos trajetos. Estamos satisfeitos com os resultados”, disse.

Um dos oficiais da Guarda Municipal, que preferiu não se identificar, ressaltou o fato de que o simulado foi feito sem manifestações de descontentamento por parte do público, e também não causou grandes engarrafamentos.

“Como já havíamos feito o planejamento com certa antecedência, não tivemos grandes engarrafamentos e nenhum tipo de manifestação contrária, por parte do moradores. Não houve também nenhum problema do ponto de vista da operação em si: da saída dos comboios e da família olímpica – aí incluídos os atletas. Do ponto de vista dos moradores bastava que eles apresentassem um comprovante de residência para que pudessem transitar sem qualquer problema”, explicou.

Movimentação

O engenheiro curitibano Gil Cardoso Machado, de visita aos pais, que moram na região, aproveitou para fazer exercícios no entorno do Maracanã e sequer notou a movimentação das forças de segurança.

"Sequer percebi o fato de estar havendo um simulado de segurança na área. Então, para mim, não houve qualquer problema. Correu tudo bem”.

Para o militar da reserva, Marcos Junior, que costuma praticar exercício físico no entorno do Maracanã, a movimentação de hoje não prejudicou o dia a dia de quem frequenta o local. Fez apenas a ressalva de que era um dia de domingo, com tempo nublado. Para ele, quando “for à vera”, a situação poderá ser muito diferente.

“Hoje é apenas um exercício, mas quando for à vera eu acredito que haverá problemas. Hoje é um domingo, um dia frio, mas quando estiver valendo, haverá sim problemas e transtornos para os moradores e a população de uma maneira geral. Sem falar no fato de que considero inapropriada a Olimpíada no momento adverso que passa o país. É sempre bom lembrar que vivemos o pior momento da história do país”, reforçou.

Segundo ele, “não se pode negar os benefícios imensuráveis que uma Olimpíada trás, mas o país vive um momento de adversidade, em que falta de tudo, desde professores nos colégios, segurança pública, remédios e médicos nos hospitais”.

Informações do governo do estado indicam que, no dia 5 de agosto o evento mobilizará cerca de 3.300 profissionais de segurança pública nas imediações do Maracanã.

A Força Nacional de Segurança será distribuída no perímetro interno e de todas as instalações. A tribuna de honra passará por vistorias e equipes da Polícia Federal (PF) garantirão a segurança dos chefes de Estado.

No caso do Palácio Itamaraty, o planejamento de segurança está sendo refinado com base nas avaliações de risco da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Participaram da operação de hoje a PF, a Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Força Nacional de Segurança Pública, Corpo de Bombeiros, Forças Armadas, além da Companhia de Engenharia de Tráfego so Rio e a Guarda Municipal.

Coordenado pela Sesge/MJC, o simulado de segurança contou também com a colaboração dos ministérios das Relações Exteriores e da Defesa, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, bem como dos governos do estado e do município do Rio de Janeiro, além do Comitê Organizador Rio 2016.

No dia 24 de julho, o Rio de Janeiro contará com a ativação completa do Centro Integrado de Comando e Controle, com todas as forças e instituições atuando de forma integrada, ininterruptamente, com um contingente de aproximadamente 47 mil profissionais durante os Jogos Olímpicos.

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