A Regata Recife/Fernando de Noronha é a maior regata oceânica do Brasil, sendo percorridos 300 milhas náuticas entre o continente e o arquipélago pernambucano. Contudo, a competição certamente teria dificuldades de sair do papel se não fosse o trabalho dos funcionários de apoio do Cabanga Iate Clube. Pessoas que não aparecem nos holofotes da Refeno, mas que têm bastante trabalho nos bastidores da competição.
Um desses funcionários é Cristiano José, de 29 anos e há nove no clube. O nome é pouco conhecido dentro do Cabanga. O funcionário atende mesmo é pelo apelido Azogado, codinome que recebeu graças ao carinho que o mesmo teve com um barco que ficava guardado dentro do clube náutico.
Azogado trabalha há nove anos no Cabanga Iate Clube (Foto: Tsuey Lan Bizzocchi/Cabanga) |
Azogado irá para Noronha de avião, já que precisa chegar antes dos competidores à ilha, por conta do apoio que ele oferece aos participantes. E não há moleza no meio do oceano Atlântico. A bela paisagem fica em segundo plano, enquanto que o funcionário trabalha dia e noite para garantir que tudo ocorra bem. Uma das suas tarefas é a de ajudar na ancoragem das embarcações e fazer o desembarque da tripulação.
“A gente tem que ter responsabilidade no que faz. Sabemos que temos um papel muito importante durante a Refeno e que muita gente depende de nós. Eu passo quatro dias longe de casa, mas a minha mulher já está acostumada com isso”, falou aos risos.
Morador da comunidade de Brasília Teimosa, Azogado garante que, se não fosse a Refeno, provavelmente nunca iria até Fernando de Noronha. “A passagem é cara e eu não tenho condições de bancar”, justificou.