Considerado um dos maiores clássicos da história do tênis, o confronto entre o espanhol Rafael Nadal e o suíço Roger Federer vai se repetir na atual edição de Roland Garros. Nesta terça-feira, em partidas que chegaram a ser paralisadas pela chuva em Paris e tiveram grau de dificuldade bem diferentes, ambos avançaram nas quartas de final e agora duelarão por uma vaga na decisão do Grand Slam realizado em quadras de saibro. O programa oficial do evento ainda não determinou a data da partida.
O triunfo mais fácil foi o de Nadal, que alcançou as semifinais de Roland Garros pela 12ª vez na carreira, sendo que o espanhol foi campeão em todas as outras oportunidades em que atingiu esse estágio. Em partida com 1 hora e 51 minutos de duração, o número 2 do mundo massacrou o japonês Kei Nishikori, o sétimo colocado no ranking da ATP, por 3 sets a 0, com parciais de 6/1, 6/1 e 6/3.
Nas únicas três participações em que não foi campeão em Roland Garros, Nadal caiu antes das semifinais. Foi assim em 2009 (oitavas de final), 2015 (quartas de final) e 2016 (não atuou na terceira rodada por lesão).
No confronto desta terça-feira em Paris, Nadal foi soberano desde o começo, aproveitando o desgaste de Nishikori, que vinha de duas batalhas de cinco sets, contra o sérvio Laslo Djere e o japonês Kei Nishikori. Assim, abriu 3/0 e depois foi ampliando a vantagem para 5/1, com o seu segundo break point convertido no duelo fechando a primeira parcial em 6/1.
O segundo set repetiu o placar do anterior, ainda que Nadal tenha perdido o saque uma vez. Mas o espanhol converteu quatro break points, não permitindo que Nishikori vencesse sequer um game de serviço. Já na terceira parcial, o espanhol abriu 4/1 após converter break point no quarto game. O duelo foi interrompido pela chuva quando a sua vantagem era de 4/2. Na retomada, Nadal fechou em 6/3.
Já Federer, o número 3 do mundo, encarou o também suíço Stan Wawrinka, o 28º colocado no ranking, e o superou por 3 sets a 1, com parciais de 7/6 (7/4), 4/6, 7/6 (7/5) e 6/4, em 3 horas e 35 minutos. Assim, se classificou à sua primeira semifinal em Roland Garros desde 2012, sendo que só foi campeão em Paris em 2009.
O triunfo teve ares de vingança para Federer, pois ele havia sido eliminado exatamente por Wawrinka na sua última participação em Roland Garros, em 2015, também nas quartas de final, na campanha do título do seu compatriota. Mas aquela foi uma rara derrota de Federer para Wawrinka, tanto que agora ele obteve o 23º triunfo em 26 duelos com o também suíço.
Nessa nova vitória, o primeiro set não teve quebras de serviço, com Federer desperdiçando quatro break point, mas se dando melhor no tie-break. Wawrinka, porém, deu o troco na segunda parcial, tendo aberto 3/1 e depois se salvando nas três vezes em que teve o seu saque ameaçado para ganhar por 6/4.
No terceiro set, Wawrinka ficou na frente ao converter break point no sétimo game, mas dessa Federer reagiu, levou o duelo ao tie-break e voltou a ganhar. O duelo seguiu equilibrado na quarta parcial, interrompido pela chuva quando estava empatado em 3/3. No recomeço, o suíço conseguiu a quebra de saque decisiva no nono game, confirmando o saque na sequência, fazendo 6/4 para triunfar no duelo por 3 a 1. Agora, então, reencontrará o seu grande rival.
Esse será o 39º confronto entre Nadal e Federer, sendo que o espanhol está em vantagem de 23 a 15 no retrospecto. Além disso, ele venceu os cinco duelos já realizados em Roland Garros.