O Santa Cruz retornou aos trabalhos, ontem à tarde, no Arruda, após a eliminação nas quartas de final do Pernambucano para o Sport. O clima ainda era de tristeza entre os tricolores. Por outro lado, o pensamento de “virar a chave” já estava presente. Sem Estadual e Copa do Brasil, a equipe terá apenas dois jogos pela Copa do Nordeste até a estreia na Série C do Campeonato Brasileiro, no clássico contra o Náutico, dia 14 de abril.
Um dos atletas mais experientes do grupo, o zagueiro Genilson frisou que o momento pede que a cabeça continue no lugar e com foco no próximo objetivo. Na quinta-feira, o Santa Cruz enfrenta o Treze, fora de casa, pelo Nordestão, e uma vitória pode garantir a classificação com uma rodada de antecedência. A Cobra Coral é líder do grupo A com oito pontos. Um a mais que o CRB, na segunda colocação.“Se tivéssemos ganho o jogo não estaria tudo certo, perdemos e não está tudo errado. Cada um tem consciência do que errou. É continuar trabalhando e focar na Copa do Nordeste”, afirmou o zagueiro.
Em dois meses, o Santa Cruz foi eliminado da Copa do Brasil e do Pernambucano. Antes de cair para o Sport, deixou o torneio nacional na primeira fase derrotado pelo Fluminense de Feira-BA. Todos esses tropeços servem como aprendizados, na visão do capitão Genilson. “Temos que aprender com as eliminações. Colocar a cabeça no lugar e pensar o que fizemos de bom levando para a Copa do Nordeste e a Série C. Vamos amadurecer com as eliminações”, explicou o defensor.
O primeiro gol sofrido diante do Sport foi com um pouco mais de um minuto de jogo em uma falta de atenção do sistema defensivo da Cobra Coral. Genilson admitiu que faltou ao time tricolor espírito de decisão para não cometer erros e buscar os objetivos. Ele acredita que o Santa Cruz poderia ter pego outros jogos da temporada como exemplo para disputar a decisão estadual.“Faltou um pouco mais do espírito competitivo de outro jogos. Em mim mesmo, com certeza. Vamos levar muitas lições e a questão de lutar até o fim perdendo ou ganhando. Quem luta mais, se entrega mais e tem mais chance de vencer”, comentou o capitão coral.
Aos 27 anos, Genilson conquistou a confiança do técnico Júnior Rocha e ficou com a braçadeira de capitão após a lesão de Vitor no começo da temporada. Questionado sobre o estilo dentro de campo, destacou que gosta de instruir os companheiros e passar as orientações do comandante. “O professor (Júnior Rocha) falou comigo que iria continuar sendo capitão mesmo com o retorno do Vitor. Fiquei muito tranquilo, conversei com os dois (Júnior Rocha e Vitor). Temos bons líderes no elenco como o Danny (Morais) e o Ricardo (Ernesto)”, finalizou o zagueiro.