Há a possibilidade de Tiago assumir um cargo na comissão técnica do Santa Cruz. O convite já foi feito por Tininho, como é conhecido o presidente do Mais Querido. Deixando o ex-atleta à vontade para escolher em qual cargo quiser assumir. Contudo, o ídolo tricolor ainda vai estudar a possibilidade. Vai pensar ao lado da família de qual decisão tomar. Mesmo assim, o coração “balançou”, já que Tiago ainda quer seguir ajudando a Cobra Coral, como forma de gratidão por tudo que passou no clube.
Infelizmente passei por várias lesões sérias, sempre dentro de campo, no choque ali. Em 2003 eu tive uma cirurgia no Athletico de ligamento cruzado anterior. Em 2010 fiz cirurgia de menisco no mesmo joelho, o esquerdo. Em 2012, na final (do Campeonato Pernambucano) contra o Sport, na Ilha, em um cruzamento, tive uma trombada com Jael e tive quase uma ruptura completa do ligamento colateral medial. Naquele jogo tive cinco lesões se não me engano, de músculo e joelho, e graças a Deus pude terminar jogando e comemorando título. Em 2014, na penúltima rodada da Série B, contra o Avaí no Arruda, tive uma trombada com o zagueiro e tive uma ruptura completa do ligamento cruzado posterior do joelho direito. Em 2018, no Botafogo-SP, tive torção no joelho esquerdo, ano passado no direito novamente. São lesões que vão desgastando o menisco e cartilagem. Ano passado vim sofrendo muito com dores que vinham me impossibilitando de fazer meu trabalho 100%. Eu vinha me esforçando para terminar o ano no Botafogo-SP. Vim tomando anti-inflamatório o ano todo por causa das dores e, no ano passado, já pensei muito em parar. Falei com minha família, meu pastor, para saber se era emocional ou meu corpo pedindo uma trégua.
No fim do ano fiz um tratamento e as dores sumiram. Comecei a fortalecer, cheguei sem dor nenhuma, trabalhei na segunda, terça, na quarta começou a incomodar e na quinta incomodou. Conhecendo meu corpo, vi que não conseguiria trabalhar 100%. Foi o que fiz em todos os clubes que passei, em qualidade e quantidade. E me conhecendo, vi que não conseguiria. Foi a partir do momento em que vi que não poderia estar no meu 100% do dia a dia e que isso poderia estar me atrapalhando dentro de campo. Sempre coloquei que o Santa Cruz é muito grande e você tem que dar seu máximo. E essa possibilidade eu não conseguiria mais. Essa decisão foi tomada por isso. Dores, incômodos, desgaste como profissional. Mas sou grato por esses 19 anos de conquistas (como atleta profissional) e a decisão foi tomada e decorrência das dores que estava sentindo.