Bem próximo de assumir a vice-presidência de futebol do Sport, Guilherme Beltrão revelou que atualmente está muito complicado montar um time com bons jogadores e, por isso, será difícil requalificar a equipe do Sport para a Série A de 2018. De acordo com o dirigente, é melhor apostar em um coletivo forte em detrimento de um ou dois craques que consumam boa parte do orçamento do clube. Guilherme Beltrão deve ser confirmado no cargo até a próxima terça-feira.
"É muito difícil requalificar o Sport. Porque os clubes fora o G10 - por exemplo, Botafoto o próprio Fluminense - têm que apostar no coletivo. Clubes como Sport, Bahia, Vitória, Curitiba, o forte tem que ser o coletivo. Como faz a Chapecoense. Não adianta ter jogadores craques e que consumam boa parte do orçamento", argumento Beltrão, que continuou. "Tem que apostar no modelo que o Sport teve anos atrás. Porque craque só vem para cá depois que os clubes do G10 não querem. Porque o futebol se mercantilizou. Então é quem dá mais. Você ver o caso de Neymar, Henrique, Scarpa, que abandonou o Fluminense. Como diria Luciano Bivar, a lei Pelé foi nociva para o futebol brasileiro. Hoje o jogador tem mais direito que o clube", garantiu.
O dirigente confessou que ainda não aceitou o convite para ser vice-presidente do Sport por conta de assuntos particulares. Informações dos bastidores, por outro lado, garantem que ele se confirmará no cargo até terça-feira.
Guilherme Beltrão, que fez parte da gestão rubro-negra que conquistou a Copa do Brasil de 2008, comentou ainda que a temporada de 2008 tem uma vantagem que é o intervalo da Copa do Mundo. "O Sport precisa reforçar. Esse ano tem uma vantagem. Com a Copa do Mundo, o Estadual acaba e podemos contratar e fazer uma inter-temporada durante os 40 dias do Mundial. Porque os orçamentos estão muito enxutos", concluiu.