A fase de Anselmo nesse início de impressiona. Apesar de atuar como volante, o jogador é o artilheiro do Sport na temporada com cinco gols em 10 jogos - média de um gol a cada duas partidas disputadas. Essa familiaridade com as redes tem uma explicação: ele atuava como atacante nas categorias de base do Palmeiras. Com a saída dos medalhões Diego Souza, Rithely e André, o camisa 8 assumiu a liderança do elenco rubro-negro, herdou a braçadeira de capitão e se tornou uma das referências do time na luta para conquistar o título do Pernambucano.
Nas categorias de base eu jogava de atacante. Sendo que depois eu desci um pouco e fui jogar de meia. Mesmo assim fazia os meus golzinhos. Até que em um treino, na época eu estava no Palmeiras, Vanderlei Luxemburgo me colocou de volante e nunca mais eu joguei em outra posição. Tem dado certo.
Já iniciei outras temporadas em alta, mas aqui e no Sport está sendo mais especial pelo fato de eu estar conseguindo fazer tantos gols. Não sou muito de balançar as redes, sendo que nesse ano isso tem sido um diferencial. Espero que eu possa prolongar essa boa fase ao longo da temporada inteira.
Ele passa pra gente que gosta de um time organizado. Isso ajuda na hora de ocupar os espaços, sempre jogando com a bola no pé. Com a equipe bem posicionada, os gols acabam saindo. Também tem a questão das bolas paradas. Sempre estou com esse papel em campo de estar bem colocado na área e tenho finalizado mais em gol. Nelsinho permite que eu saia para jogar, chegando como elemento surpresa, pois ninguém espera isso de um primeiro volante. Porém, em nenhum momento, deixo de desempenhar a minha função, que é a de marcação. Protegendo a zaga. Tem dado certo.
Estamos treinando bastante bola parada com Daniel Paulista, ensaiando algumas jogadas. No clássico, por exemplo, um dos meus gols foi treinado. Aquela cobrança de escanteio nós ensaiamos. Graças a Deus os gols estão saindo. Fico feliz de poder ajudar o Sport com cinco gols nessa temporada. É um momento muito especial para mim. Quero aproveitar essa fase e espero que continue por mais tempo.
É difícil de explicar, mas o Sport tem essa características de acolher bem os jogadores. Muitas vezes, o atleta não está bem em um determinado time e acaba rendendo aqui. Cheguei no ano passado, um grupo muito bom, isso dá gosto de trabalhar no clube. Profissionais maravilhosos, que nos acolhe. Com uma semana já tinha uma amizade bacana. Aqui é tranquilo de trabalhar. Basta fazer o seu papel em campo. Além disso, a cidade é maravilhosa, minha esposa e os meus filhos adoraram. Acho que isso também ajuda na hora de executar bem o seu trabalho.
A minha relação com a torcida está muito boa. Tenho recebido o carinho de todos. Na rua o pessoal me aborda para dar os parabéns quando vou bem numa partida. Também dizem que eu estou honrando a camisa do Sport. Isso é muito gratificante. Poder ser reconhecido pelo meu trabalho. Fico muito feliz.
É uma honra muito grande ser o capitão do Sport. Braçadeira que já foi usada por grandes jogadores com história no clube, como Magrão, Durval, Diego Souza, Rithely... Fico muito honrado e feliz com essa responsabilidade. Procuro ser um comandante em campo, passar essa liderança para a rapaziada dentro de campo e ser o porta-voz deles.
Essa vitória expressiva contra o Santa Cruz foi muito importante pra gente, pois existia um pouco de desconfiança por parte da torcida, da imprensa, de todos no geral. No final da primeira fase do Pernambucano demos uma crescida, mas essa última vitória nos deu uma confiança muito grande pra gente. Vamos chegar forte contra o Central, entrar com determinação e seguir nessa crescente.