Vice-liderança do Brasileirão não empolga os jogadores do Sport

O discurso dos rubro-negros é de seguir mantendo os pés nos chão e pensando com cautela
Filipe Farias
Publicado em 08/06/2018 às 8:03
O discurso dos rubro-negros é de seguir mantendo os pés nos chão e pensando com cautela Foto: Foto: Diego Nigro/ JC Imagem


A vice-liderança do Brasileirão não deixa os rubro-negros iludidos. Afinal, as temporadas anteriores ensinaram ao Sport que nem só de uma boa arrancada no início da Série A se constrói uma campanha consistente e sem riscos de rebaixamento. Por isso, apesar dos cinco jogos de invencibilidade (três vitórias e dois empates) nas dez primeiras rodadas, o discurso de pés no chão está sendo mantido. A ideia pelas bandas da Ilha do Retiro é pensar a curto prazo e, gradativamente, ir desenvolvendo essa regularidade ao longo da competição.

“O campeonato está muito indefinido. É um ponto aqui, outro ali na tabela. Então, particularmente, sigo com a mesma linha de raciocínio. Conquistamos o nosso objetivo dos 50% dos pontos disputados com duas rodadas de antecedência - já somou 18 dos 36 pontos que estavam em jogo até a parada da Copa do Mundo. Agora vamos seguir a linha do jogo a jogo. Assim, o time vai encorpando e, de repente, podemos sonhar com uma situação mais alta lá na frente”, declarou Guilherme Beltrão, vice-presidente de futebol do Sport.

Esse raciocínio, por exemplo, não foi posto em prática em 2017. Após chegar a figurar entre os seis melhores do Brasileirão, ainda no Primeiro Turno, o Sport passou a sonhar com a Libertadores, perdeu o foco e amargou uma sequência de nove rodadas sem vitórias. Nesse período tenebroso foram seis derrotas e três empates. Quando quebrou o jejum, na 27ª rodada, já se encontrava na zona do rebaixamento (17º). “Não podemos cometer o mesmo erro. Não vamos passar essa responsabilidade (de mirar a Libertadores) para os nossos jogadores. É pensar uma rodada por vez”, explicou Beltrão.

Uma das estratégias para o Leão escrever uma história diferente nessa Série A e correr menos riscos foi a mudança de mentalidade do novo departamento de futebol do clube. Nada de jogador midiático. Agora, o que prevalece no Sport é o futebol competitivo. “A torcida comprou o nosso conceito de jogo, que é diferente do ano passado. Alguns falam: ‘ah, Michel Bastos, que disputou Copa do Mundo foi contratado’. Mas ele se comporta como atleta normal, sem estrelismo. O mesmo acontece com Rafael Marques, que é de uma humildade enorme”, disse Guilherme.

EQUILÍBRIO

Já na área técnica, uma nova mudança de perfil. Com a chegada de Claudinei Oliveira, o Sport encontrou o equilíbrio em campo. Tanto que é o quarto melhor mandante (invicto com três vitórias e dois empates) e fora também não deixa a desejar: duas vitórias, um empate e duas derrotas. Além disso, é a segunda equipe que mais finaliza certo e a quarta que mais desarma.

Para manter o mesmo ritmo após a parada da Copa do Mundo, a diretoria espera não só quitar os atrasados com o elenco, como reforçar em algumas posições carentes. A ideia é trazer um lateral-esquerdo, um volante, um atacante velocista e um centroavante. “Estamos trabalhando, mas o mercado não tem esses jogadores todos à disposição. Falta alternativa e não vamos fazer loucuras”.

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