A menos de um mês para o término do Brasileirão - a última rodada está marcada para o dia 2/12 -, infelizmente, a preocupação dos jogadores do Sport não é o de apenas entrar em campo e lutar pela permanência do time na Série A. Os rubro-negros estão tendo de conviver com três meses de salários atrasados justamente no momento mais decisivo da competição. Apesar da crise financeira que o clube atravessa, os atletas garantem que esse incômodo no bolso não vai atrapalhar o rendimento dentro das quatro linhas.
“Já convivemos com isso há um bom tempo aqui. Sendo que falta menos de um mês para o final do campeonato. Esse problema não é de agora, mas isso nunca interferiu ou entrou dentro de campo. Nunca atrapalhou nosso grupo. Os atletas têm consciência de que a situação é difícil, mas não podemos relaxar. A direção do clube vem fazendo um esforço para conseguir quitar as dívidas que têm com jogadores e funcionários. É uma coisa que atinge vários clubes do Brasil”, falou Michel Bastos.
Apesar de não estar sofrendo tão diretamente com esses atrasos - já que parte de seus vencimentos são pagos pelo Palmeiras -, o meia se solidariza com os profissionais mais humildes do clube.
“Nunca passei por essa situação (de três meses de atraso) na carreira. Sou pago pelo Palmeiras, mas vejo funcionários com os salários atrasados vindo trabalhar e nos ajudar. Dependemos deles. Sem eles não teríamos roupa limpa para treinar, comida feita pelos cozinheiros para nos alimentar... São pessoas que amam o clube de coração e vêm todos os dias para o CT felizes. Mas todos dependem de dinheiro para sobreviver. Cobramos da diretoria de maneira sensata para que possam nos passar a real situação, pois todos temos familiares que dependem de nós”, falou o camisa 8.