Após uma passagem de três anos pela capital pernambucana, onde defendeu a camisa do Sport de 2012 a 2015, o atacante Felipe Azevedo, que atualmente joga pelo América-MG, voltou a Recife para encarar o ex-time pela 23ª rodada da Série B. Em partida realizada na noite desta sexta-feira (20), na Ilha do Retiro. O jogador conversou com o repórter da Rádio Jornal, Antônio Gabriel, e falou sobre as temporadas em que defendeu as cores leoninas.
Durante sua passagem pelo rubro-negro, o atacante marcou 36 gols. E foi a baixa média de tentos marcados que fez a torcida pressionar Felipe Azevedo. “Cheguei aqui com uma média de quase 30 gols que eu tinha feito pelo Ceará, da metade de 2011 a metade de 2012. E a torcida me cobrava isso, me cobrava os gols e é normal. Mas eu fazia minha função e fazia bem. Nunca fui desrespeitado pelo torcedor. Muitos viam que eu era um cara guerreiro, que suava a camisa pelo Sport. Sempre me dediquei muito. Teve momentos bons, gols que eu sempre fiz em clássicos contra Santa Cruz e Náutico ”, pontuou o atleta.
Trazido pelo treinador Mazola Júnior, Felipe Azevedo participou dos principais títulos conquistados pelo Sport naquela temporada. Onde foi campeão da Copa do Nordeste e campeão do Campeonato Pernambucano, ambos em 2014, sob o comando técnico de Eduardo Baptista. O comandante é lembrado com carinho pelo jogador.
“O Eduardo foi uma situação que a gente passou. A gente teve o acesso com Geninho em 2013. Aí em 2014 a gente começou a Copa do Nordeste muito mal. Campeonato Pernambucano também. Mas a Copa do Nordeste a gente quase não classificou na primeira fase. Era motivo de chacota na época, eu lembro. As coisas não encaixavam. O Eduardo era preparador físico do Sport na época. Ele teve peito de chegar e assumir a equipe numa semana de clássico contra o Náutico. Ele arrumou nosso time, ganhamos de 3x0 lá na Arena. Depois a gente não perdeu mais. Fomos campeões da Copa do Nordeste e do Pernambucano. Fizemos uma Série A muito tranquila em 2014. É um cara que eu guardo na minha memória, me ajudou muito aqui”, revelou.
Cheguei aqui em 2012, mais jovem, muito menos experiente. Saí do Ceará na época e vim pra cá (Recife). Saí de um clube de massa, com muita pressão de torcida. Mas vim para o Sport que tem muito isso. Vivi isso aqui muito intensamente, durante esses três anos que fiquei aqui. Onde eu tive acesso, tive título... Eu tive muita coisa. Hoje sou um cara mais experiente, mais tranquilo, com a família estruturada. Antes era só eu e minha esposa. Sou um cara bem realizado.
Eu morava aqui em Boa Viagem mesmo, uma cidade que eu gosto muito. Andei aqui pela cidade hoje com o time, tirei fotos e mandei pra minha esposa. Dos pontos que a gente andava aqui, restaurantes, avenida beira mar... É uma cidade muito gostosa. Nas folgas a gente sempre estava em Porto de Galinhas. Não tinha como não ir pra lá. É uma cidade que a gente tem muito carinho, tanto que no final do ano, nas minhas férias, virei pra cá.