O Flamengo volta a campo nesta quarta-feira (27) para enfrentar o Ceará pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A, no Maracanã. Ainda comemorando os títulos conquistados no fim de semana, da Primeira Divisão e da Libertadores, o clube vai vender produtos alusivos aos títulos no estádio. Mas, como o ano de 1987 rende polêmicas até hoje, o Rubro-negro carioca colocou na medalha comemorativa da Série A o título daquele ano.
A medalha dourada tem no centro o símbolo do Flamengo, o ano de 2019 e a inscrição "Heptacampeão Brasileiro". Na borda, os anos de cada título: 1980, 1982, 1983, 1987, 1992 e 2009. Há também uma medalha comemorativa da Libertadores e copos de cada competição.
A grande polêmica da medalha do Brasileirão em citar 1987 é que o título daquele ano é alvo de disputa com o Sport já há três décadas. O Supremo Tribunal de Justiça (STF) deu ganho de causa ao time pernambucano no ano passado e arquivou o processo. Tudo começou porque a CBF deixou que os clubes organizassem a competição nacional naquele ano, por estar com problemas financeiros.
A Copa União, vencida pelo Flamengo, contava com a participação dos cariocas e outros times integrantes do Clube dos 13: Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco. A CBF interferiu e criou o Módulo Amarelo, com outras equipes.
Sport e Guarani foram os finalistas do grupo criado pela entidade e Flamengo e Internacional do Módulo Verde, mas esses dois se recusaram a jogar as partidas do mata-mata. Assim, com o jogo entre Leão e Bugre, o time pernambucano se sagrou campeão, tanto que disputou a Libertadores da América no ano seguinte.
No começo desta semana, na segunda-feira (25), a CBF já se pronunciou duas vezes. Primeiro, em reportagem do portal UOL, a entidade afirmou respeitar a decisão judicial. Mas, no dia seguinte, voltou atrás e, em nota, tornou a citar a divisão do título sugerida pela própria confederação, chamando assim o Flamengo de hepta brasileiro.