O presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, se responsabilizou pelo problema de higiene do vestiário do Lacerdão, em Caruaru, no jogo entre Decisão e Sport, no último domingo. O mandatário disse que a culpa foi da entidade, que tinha a obrigação de conferir os vestiários antes da partida, o que não aconteceu. Por conta de sujeira no local, o diretor do Sport Fred Domingos reclamou e disse que o vestiário parecia uma "verdadeira pocilga". O presidente do Central, Alexandre Leite, rebateu o rubro-negro, gerando uma confusão extracampo.
Evandro Carvalho se responsabilizou pela situação e disse que a entidade não teve competência para fazer cobranças. "Primeiro a responsabilidade foi toda da Federação. Temos um delegado em campo para isso. A obrigação do delegado é ir nos vestiários, verificar. E por falta de atenção gerou esse problema todo. Temos esse problema em alguns locais. Por exemplo, as prefeituras não têm dinheiro para investir. O Petrolina poderia ter uma gramado perfeito, mas não tem. Deixou a desejar. A situação no Central foi absoluta falta de competência nossa. O gerente abriu um vestiário que não existia, que não estava em uso", comentou o mandatário, em entrevista ao programa Bate Rebate, da Rádio Jornal.
O presidente da FPF também falou sobre o problema do calendário de competições do País. Essa semana, por exemplo, Náutico, Santa Cruz e Sport disputam três partidas em três competições distintas. São elas: Pernambucano, Copa do Brasil e Copa do Nordeste. Por conta do calendário apertado, os clubes precisam priorizar alguns torneios em detrimento de outros. O Estadual geralmente fica em terceiro plano. Evandro disse que esse é um problema crônico e só poderá ser mudado em 2022, quando a Confederação Brasileira de Futebol vai alterar seu calendário.
"Temos um crônico problema no Brasil que agravou nos últimos anos. Tentamos levar a Copa do Nordeste para o segundo semestre, mas a Liga não aceitou. Por exemplo, Se o Bahia, que vai disputar a Libertadores, chegar à final do Estadual, o Campeonato Baiano só vai terminar depois de 50 dias", exemplificou o presidente, que defendeu o torneio local. "Temos um produto estadual extraordinário, que fortalece e renova a existência das torcidas, mantém a tradição das torcidas locais. A permanência do Estadual permite que aconteça esse envolvimento do estado, das prefeituras municipais. Isso está sendo atropelada pela falta de datas. Temos uma lei que não permite que o jogador atue em menos de 72h. É ruim porque a equipe não se firma. O público não sabe identificar quem é o ídolo. Todos os jogadores precisam jogar e crescer. É um grave problema que só conseguiremos resolver em 2022 porque haverá uma reformulação do calendário nacional", argumentou.