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Quer conhecer os locais da sua casa onde o Aedes aegypti prefere repousar ou se esconder? Sabe como o mosquito se multiplica na água parada? Para matar a curiosidade e educar a população a prevenir focos e complicação da dengue, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC), da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, disponibiliza um conjunto de videoaulas no seu site www.ioc.fiocruz.br/auladengue. Acessando o canal #eucombatoadengue, no JC Online, será possível também acessar a cada semana parte desse material.
“Para prevenir é preciso saber o que fazer, conhecer o que se quer prevenir. É com esse objetivo que o projeto foi desenvolvido, reunindo especialistas e resultados de observações de várias instituições de pesquisa e ensino do País”, explica a idealizadora do projeto, Denise Valle, pesquisadora do IOC. “Queremos colocar em movimento o conhecimento da ciência sobre o Aedes aegypti”, completa. O trabalho foi lançado em 2013, principalmente para atender professores e estudantes.
A associação da educação a outras medidas de controle do transmissor da dengue ajudaram Santa Cruz do Capibaribe, Agreste de Pernambuco, a reduzir em 90% a população de Aedes aegypti no final da década passada. “Distribuímos cinco mil ovitrampas (armadilhas que fazem a fêmea depositar seus ovos num vaso com larvicida), usamos aspiradores e foram desenvolvidas oficinas nas escolas”, lembra Leda Regis, bióloga que trabalhou no projeto. As armadilhas ainda são usadas no Estado, para pesquisa e monitoramento feito pelas Secretarias de Saúde e a própria Fiocruz.
Leda lembra que as ovitrampas só devem ser usadas com supervisão da saúde pública, pois, sem o controle biológico e a remoção dos ovos, podem se tornar criadouros.