O desmatamento na Amazônia voltou a cair neste ano, segundo dados divulgados hoje pelo governo federal. Depois de subir 28% em 2013, a taxa estimada de derrubada da floresta no período 2013-2014 diminuiu em 18%, segundo o sistema Prodes, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), divulgado hoje.
No total, 4.848 km2 foram derrubados --o segundo menor registro da série história desde 1988, perdendo apenas para 2012. Se comparado com 2004, houve uma diminuição de 83%.
O Estado que teve o pior resultado foi, de novo, o Pará, com 1.829 km2. O melhor, foi o Tocantins: 48 km2.
Dentre todos os Estados, apenas Roraima (37%) e Acre (41%) tiveram um aumento do desmatamento em comparação ao ano passado.
O Maranhão teve a maior diminuição: 39%. O Amapá não pode ser observado por limitações técnicas. As imagens selecionadas representam 93% do desmatamento do ano anterior.
Os dados do Prodes contradizem as indicações anteriores de outro sistema oficial, o Deter, cujas imagens são menos precisas.
Dados do sistema de alerta de desmatamento e degradação, o SAD, similar ao Deter, da ONG Imazon, do sistema, também apontavam alta.
O Prodes monitora áreas de corte raso --nome dado para a retirada completa da floresta. Ou seja, áreas que foram apenas degradas, mas não totalmente desmatadas, não são detectadas. Ele é gerado por um satélite da classe Landsat.
Segundo a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente), o resultado é uma amostra do trabalho de combate ao desmatamento.