Mario Goes, citado pelo ex-gerente de engenharia da Petrobras Pedro Barusco como um dos "operadores" do pagamento de propina no escândalo de corrupção na petroleira, se entregou à Polícia Federal na manhã deste domingo (8).
Ele se apresentou à Superintendência da PF em Curitiba às 11h40, acompanhado de um advogado. A reportagem não conseguiu fazer contato com o defensor. Goes teve a prisão preventiva decretada pela Justiça na nona fase da Operação Lava Jato, intitulada My Way, que foi deflagrada na última quinta-feira (5). Desde então, era considerado foragido.
Em seu acordo de delação premiada na Lava Jato, o ex-gerente Pedro Barusco disse que Mario Goes era um dos "operadores" de empreiteiras que acertavam pagamentos e entregavam dinheiro de propinas recebidas pelo então dirigente da Petrobras.
Goes, segundo os depoimentos de Barusco, atuava em nome das empresas UTC, MPE, OAS, Mendes Júnior, Andrade Gutierrez, Schahin, Carioca e Bueno Engenharia. Ele entregava "umas mochilas com alguns valores" que oscilavam de R$ 300 mil a R$ 400 mil, normalmente em sua própria casa.