A ANP decidiu interditar o navio plataforma Cidade de São Mateus nesta sexta-feira (13), dois dias depois da explosão que matou cinco pessoas e feriu 26, de um total de 74 que estava embarcado. Quatro pessoas continuam desaparecidas.
A plataforma é de propriedade da BW Offshore, empresa norueguesa, e estava a serviço da Petrobras em dois campos na Bacia do Espírito Santo.
A Petrobras foi notificada a entregar documentos que possam ajudar a investigar o acidente e a não alterar nem fazer modificações ou obras na área do acidente "a não ser que haja necessidade crítica de estabilização estrutural".
Dezessete pessoas estão a bordo, entre elas bombeiros que fazem buscas e especialistas.
Imagens da plataforma divulgadas pela Marinha nesta quinta-feira (12) mostram a unidade levemente inclinada na parte anterior, onde localiza-se a casa de máquinas, onde houve explosão. Para especialistas consultados pela reportagem, a explicação, apenas pela imagem, pode ser pelo derramamento de água internamente. Aparentemente, não há indicação de risco de afundamento.
As imagens, cedidas à Folha de S.Paulo pela "Gazeta Online" e gravadas por um militar que não quis ser identificado, mostram ferro retorcido, água subindo na casa de máquinas da embarcação e algumas das áreas atingidas pela explosão.
É possível ainda ver diversos profissionais trabalhando no resgate.
OCIOSIDADE
Na semana passada, a ANP notificou a Petrobras a apresentar estudos que comprovem a necessidade de reduzir a produção da plataforma Cidade de São Mateus em relação ao previsto inicialmente.
Não são informados, na pauta da reunião reunião em que houve essa decisão, quais eram as previsões iniciais de produção. Dados da agência mostram que, em dezembro, a produção diária era menos de 2,5 mil barris de petróleo por dia, ao passo que a capacidade de produção da plataforma é de dez vezes mais.