"Vamos protestar contra a roubalheira. O povo não é otário. Você nos traiu, agora aguenta a buzina. Neste domingo vamos para a praça reclamar, chega de ser otário deste governo."
É com estas e outras frases que a população de Ribeirão Preto (SP) está sendo chamada para participar da manifestação contra a presidente Dilma Rousseff (PT) no domingo (15), por meio de dois carros de som que começaram a circular nos bairros da cidade nesta quarta-feira (11).
A voz do narrador é do coordenador regional do PV, o empresário André Rodini, um dos dez organizadores do evento. O PV foi aliado dos tucanos nas últimas eleições municipais, em 2012, quando o atual secretário de Estado de Logística e Transportes, Duarte Nogueira (PSDB), concorreu à vaga de prefeito e perdeu no segundo turno.
Rodini garante que o protesto é apartidário -ele integra o Movimento Brasil Livre. Diz ainda que não há apoio de nenhum partido político.
O grupo confeccionou 2.000 camisetas que são vendidas a R$ 10 cada, além de adesivos (R$ 2) e bandeiras (R$ 5).
A partir desta quinta-feira (12), segundo ele, a propaganda irá se estender aos semáforos: 30 pessoas contratadas ficarão em dez pontos da cidade, como no centro, com faixas. Além disso, haverá panfletagem nestes locais.
O protesto está marcado para começar às 9h, na praça Carlos Gomes. De lá, os manifestantes deverão percorrer as ruas do centro até a av. Independência, acompanhados de dois trios elétricos. Segundo Rodini, Polícia Militar, Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto) e Daerp (Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto) já foram comunicados.
SERTÃOZINHO
Em Sertãozinho (a 333 km de São Paulo), o protesto está sendo organizado por sindicatos de trabalhadores e do comércio -que também organizaram o ato contra a crise do setor sucroalcooleiro em janeiro.
O secretário da Indústria e Comércio da cidade, Carlos Liboni, afirmou que, desta vez, a prefeitura não participará do protesto por se tratar de evento de cunho político -o prefeito, Zezinho Gimenez, é do PSDB.
"Mas os funcionários da prefeitura têm liberdade de participar, se quiserem, enquanto cidadãos. Eu mesmo devo estar presente", disse.