Campinas (a 93 km de São Paulo) confirmou nesta terça-feira (17) a primeira morte por dengue neste ano. A vítima é um homem de 78 anos, morador da região leste da cidade, segundo a prefeitura.
A cidade liderou os casos da doença no Estado no ano passado, com quase 42 mil infectados. Nos três primeiros meses deste ano, já são 1.697 casos confirmados e outros 5.050 em investigação.
Em função da alta incidência do número de casos, a Secretaria de Estado da Saúde suspendeu a análise do sangue coletado das vítimas suspeitas de dengue. O exame é importante para confirmar a doença.
A medida atende a um protocolo do Ministério da Saúde, mas não impede a realização de exame clínico do médico para adotar o tratamento da doença. As notificações continuam normalmente.
Na região de Campinas, outros municípios registram alta incidência de dengue e a realização dos exames também foi suspensa. Entre eles estão Sumaré, Amparo, Santo Antônio de Posse e Itapira, segundo a secretaria.
Em nota, a Prefeitura de Campinas informou que o que contribuiu para os casos de dengue neste ano foi a alta incidência logo no começo do ano em todo o país, além das questões climáticas: forte calor e o estoque inadequado de água por causa da escassez hídrica, o que contribui para a formação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
A prefeitura também já montou esquemas especiais para atendimentos a pacientes suspeitos da doença nas unidades de saúde. Além disso, o prefeito Jonas Donizette (PSDB) sancionou uma lei que obriga aos proprietários a limpeza de imóveis -residências e terrenos- fechados.
Segundo estimativa do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), há 15 mil imóveis fechados para aluguel ou venda na cidade.