Governador do Rio diz que vai reocupar Complexo do Alemão

Logo nas primeiras semanas de ocupação militar, houve tiroteios e assassinatos no conjunto de favelas
Da Agência Brasil
Publicado em 06/04/2015 às 8:59
Logo nas primeiras semanas de ocupação militar, houve tiroteios e assassinatos no conjunto de favelas Foto: Foto: Reprodução/Internet


As unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, terão aumento do contingente. O anúncio foi feito nesse domingo (5) pelo governador Luiz Fernando Pezão. Segundo ele, o estado vai “entrar mais forte, fazer uma reocupação” da comunidade.

O Complexo do Alemão foi inicialmente ocupado pelo Exército em novembro de 2010, com ampla cobertura da imprensa brasileira e internacional. Imagens de criminosos armados fugindo do conjunto de favelas rodaram o mundo. Na época, as autoridades estaduais afirmaram que tinham levado paz à comunidade.

No mesmo mês, o então comandante da Polícia Militar, Mário Sérgio Duarte, chegou a dizer que a PM tinha vencido. O governador à época, Sérgio Cabral, afirmou que com a ocupação do Alemão, o governo estava “virando uma página na história do Rio”. O Exército permaneceu até 2012, quando a ocupação passou a ser feita pelas UPPs.

Logo nas primeiras semanas de ocupação militar, houve tiroteios e assassinatos no conjunto de favelas. Oficiais do Exército e da polícia observaram que homens armados nunca deixaram de controlar pontos da favela.

Desde a instalação das UPPs na região, foram comuns pedidos de ajuda para unidades de elite da PM, como o Batalhão de Choque e o Batalhão de Operações Especiais (Bope).

Na última semana, o menino Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, morreu baleado em um tiroteio envolvendo a polícia. Seu corpo foi levado ontem para o Piauí, onde será enterrado.

Também ontem, o governador afirmou que vai fortalecer o Complexo do Alemão e outras comunidades ocupadas por UPPs no estado. Segundo Pezão, o estado está fazendo um grande esforço e não vai retroceder. Ele disse que a segurança continua sendo o “mantra” e a “política mãe” do estado.

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