Das 12,1 milhões de pessoas que foram internadas em um período de doze meses, 8 milhões foram por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional de Saúde e foram divulgados nesta terça (2) pelo IBGE.
A coleta de dados foi feita em 2013, por meio de questionário que perguntava se o entrevistado havia sido internado nos doze meses anteriores. Seis por cento da população brasileira afirmou que sim, e 65,7% destes foram hospitalizados via SUS.
Ao fazer uma análise regional, os dados revelam que as internações no sistema único têm um peso ainda maior nas regiões Norte (73,9%) e Nordeste (76,5%), chegando a corresponder a três em cada quatro internações. O menor percentual foi registrado no Sudeste (58,8%).
A faixa etária que mais recorreu a internações no SUS é até 17 anos (75,2%) e o menor percentual (58,8%) corresponde à população entre 30 e 39 anos. De acordo com a pesquisa, as internações no SUS também somam um percentual maior entre pretos (75,8%) e pardos (75,4%), conforme terminologia do IBGE. Entre os entrevistados que se classificam brancos o número é 20 pontos percentuais menor (55,4%).
A população com nível superior completo foi a que menos recorreu a internações pelo serviço público. O percentual de 19,7% é quatro vezes menor que o registrado entre pessoas sem instrução ou com nível fundamental incompleto, que chegou a 80,6%.
O principal procedimento realizado entre as pessoas que ficaram internadas no SUS foi o tratamento clínico (42,4%) seguido por cirurgias (24,2%) e partos (13,1%). Na saúde privada, o perfil é diferente, com as cirurgias correspondendo a 41,7% das internações. Os tratamentos clínicos respondem por 29,8%, e os partos, 11,8%.
As internações para partos normal ou cesárea também têm perfis diferentes na saúde pública e na privada. No SUS, 7,2% das internações são para parto normal, e 5,9% para cesarianas. Já na rede privada, as internações para cesarianas (9,7%) são mais frequentes que para o parto normal (2,1%).
Entre as pessoas com mais de 60 anos, 10,2% havia sido internada por pelo menos 24 horas nos doze meses anteriores. Já entre a população com 40 a 59 anos, 6% ficaram pelo menos 24 horas internadas. Entre as mulheres, o percentual de que passou por internação é 7,1%, enquanto 5% são homens.