Perto da Olimpíada, homem é preso no Rio por suspeita de ligação com o terrorismo

O advogado de Chaer Kalaoun, 28 anos, disse que ele foi preso por causa de uma postagem no Facebook em que registrou que ''assistiu dolorosamente a queda de uma mesquita por terrorismo''
Estadão Conteúdo
Publicado em 28/07/2016 às 10:34
O advogado de Chaer Kalaoun, 28 anos, disse que ele foi preso por causa de uma postagem no Facebook em que registrou que ''assistiu dolorosamente a queda de uma mesquita por terrorismo'' Foto: Foto: Reprodução/Rede Record


A Polícia Federal prendeu, nessa quarta-feira (27), Chaer Kalaoun, de 28 anos, por suspeita de ligação com o terrorismo, no Rio de Janeiro. O homem, de família libanesa, foi preso em sua casa, no município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, por volta das 16h, e foi encaminhado para a sede da PF no Rio, na zona portuária, onde permanece até a manhã desta quinta-feira (28).

A prisão aconteceu a apenas nove dias para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, que será no próximo dia 5 de agosto na capital carioca, onde o temor a possível ataques terroristas durante a realização do evento que irá até o dia 21 do mesmo mês segue sendo uma das principais preocupações para os organizadores da Olimpíada e dos governantes.

O advogado de Kalaoun, Edison Ferreira, disse à reportagem do Estado que seu cliente foi preso por causa de uma postagem no Facebook em que registrou que "assistiu dolorosamente a queda de uma mesquita por terrorismo". O Estado tentou ouvir a Polícia Federal sobre a prisão, mas ainda não conseguiu um contato.

De acordo com Ferreira, Kalaoun é brasileiro, muçulmano e morou na adolescência no Líbano. "A Polícia não tem nenhuma acusação contra ele. Só pediram a prisão temporária dele para investigações preliminares. Mas não fizeram nenhuma busca na casa dele, nem apreenderam nenhum elemento de interesse criminal", disse o advogado.

Ferreira também informou que o seu cliente trabalha no ramo de comércio de roupas. A avó de Kalaoun, de 96 anos, ainda mora no Líbano. 

Em 2014, o homem já havia sido preso por porte ilegal de arma, por representação do Ministério Público. Segundo Ferreira, que também o defendeu neste caso, a arma foi encontrada na casa de Chaer. O processo criminal ainda tramita na Justiça.

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