Após entrada do Bope, presos saem do telhado de presídio no Rio Grande do Norte

Os policiais do Bope entraram no presídio por volta de 13h, acompanhados de integrantes dos grupos GEP e GPOC
ABr
Publicado em 16/01/2017 às 17:36
Os policiais do Bope entraram no presídio por volta de 13h, acompanhados de integrantes dos grupos GEP e GPOC Foto: Foto: Andressa Anholete/AFP/Direitos Reservados


Após a entrada da Polícia Militar na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, os presos desceram dos telhados da unidade. Os detentos tinham voltado a ocupar os telhados dos pavilhões na manhã desta segunda-feira (16), mas saíram depois que o Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope) foi acionado e entrou na área novamente. No entanto, eles ainda mantêm o domínio de uma ala do presídio.

Os policiais do Bope entraram no presídio por volta de 13h, acompanhados de integrantes dos grupos Penitenciário de Escolta Penal (GEP) e Penitenciário de Operações com Cães (GPOC), da Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania (Sejuc) do estado. Policiais do Choque também acompanham a operação de retomada e controle da unidade prisional. Ainda permanece o clima de tensão.

Rebelião

Alcaçuz foi palco de uma rebelião que durou cerca de 14 horas, entre sábado (14) e domingo (15). Inicialmente, as autoridades estaduais falavam em pelo menos dez mortos. Ontem à noite, no entanto, os secretários estaduais da Justiça e da Cidadania, Walber Virgolino da Silva Ferreira, e da Segurança Pública e Defesa Social, Caio César Marques Bezerra, anunciaram que 26 corpos foram localizados e transferidos para o Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), onde serão identificados.

De acordo com a secretaria, os corpos estão em processo de identificação. Ontem mesmo, o Itep já tinha sido autorizado a alugar um contêiner frigorífico para armazenar os corpos encontrados no presídio. Embora o instituto disponha de duas câmaras frias com capacidade para abrigar entre 20 e 30 corpos em cada uma delas e receba, em média, cinco corpos diariamente, a diretoria do Itep decidiu agir preventivamente para garantir que não falte espaço, caso o total de detentos mortos seja maior que as primeiras informações divulgadas. O valor do aluguel do contêiner não foi informado.

A assessoria da Sejuc informou à Agência Brasil que equipes da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) irão inspecionar as fossas existentes no interior da unidade para verificar a possibilidade da existência de mais corpos. A ação deverá ser realizada tão logo as forças policiais consigam retomar o controle da situação e as condições de segurança estejam garantidas.

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