Em entrevista à Rádio Jornal, nesta quinta-feira (9), o ministro da Educação Mendonça Filho, comemorou a aprovação pelo Senado do texto da Medida Provisória que reforma o Ensino Médio. "Eu diria que é um avanço muito grande, a maior mudança estrutural na educação brasileira nas últimas décadas".
Mendonça também rebateu as críticas direcionadas ao projeto. "Algumas pessoas reclamam, mas eu não consigo enxergar um programa dessa magnitude ficar parado, apenas deixando o tempo passar, a gente tinha que agir e felizmente o Congresso aprovou ontem".
"A gente tem dois milhões de jovens que nem trabalham e nem estudam e um milhão de jovens com 17 anos que deveriam estar concluindo o Ensino Médio. Se um quadro tão dramático como esse nao exigisse urgência em reformar, o que poderia exigir?", questionou o ministro da Educação.
Ouça a entrevista do ministro à Rádio Jornal:
A principal mudança é a flexibilização da carga horária, permitindo que o estudante escolha as matérias que irá cursar durante o Ensino Médio. Confira, no texto abaixo, alguns pontos da reforma do Ensino Médio:
Grade Curricular
Hoje: 13 disciplinas obrigatórias ao longo dos 3 anos.
Reforma: A cada ano, 60% da carga horária para a Base Nacional Comum Curricular e 40% para itinerários formativos.
Professores
Hoje: Somente docentes que fizeram cursos de formação de professores podem lecionar.
Reforma: docentes de "notório saber" para o ensino técnico e profissional; profissionais graduados em outras áreas, mediante cursos curtos de formação pedagógica; professores formados não só em universidades e institutos superiores, mas também em "faculdades isoladas".
Artes, Educação Física, Filosofia e Sociologia
Hoje: Obrigatórias nos 3 anos.
Reforma: A oferta é obrigatória, porém caberá ao aluno cursar as disciplinas.
Divisão do ensino médio
Hoje: Em três anos.
Reforma: Percursos formativos são divididos em módulos e, especificamente no ensino técnico, há a possibilidade de conceder certificados intermediários.