Uma organização criminosa que desviava dinheiro de contas bancárias, fraudando os sistemas informatizados, é alvo da Operação Bandeirantes, deflagrada nesta sexta-feira (7) pela Polícia Federal (PF). Estima-se que em 2018 o grupo tenha desviado R$ 30 milhões.
De acordo com as investigações, os autores das fraudes recrutavam estagiários e empregados terceirizados de bancos para que instalassem equipamentos que permitiam a invasão dos sistemas por parte de integrantes da quadrilha.
Desde as primeiras horas da manhã desta sexta, 40 policiais federais cumprem quatro mandados de prisão preventiva e três de prisão temporária, além de oito buscas e apreensões, em endereços em Brasília, Goiânia e São Paulo. Os mandados foram expedidos pela 10ª Vara Federal do Distrito Federal.
Segundo a PF, as investigações, iniciadas em 2016, constataram que o grupo criminoso lesou contas de clientes de instituições financeiras em Alagoas, Rio Grande do Norte, Goiás, Santa Catarina, São Paulo e no Distrito Federal.
“Com acesso aos dados dos clientes, por meio de senhas de servidores das instituições financeiras, os criminosos transferiram valores de correntistas para contas de integrantes da organização”, disse a Polícia Federal.
O nome da operação – Bandeirantes - é uma referência à denominação dada aos sertanistas do período colonial que, a partir do início do século 16, penetraram no interior do Brasil em busca de riquezas minerais, sobretudo, ouro e prata.
Faz-se uma alusão à atuação do grupo investigado, que praticou fraudes em diversos estados, de Norte a Sul do país.