O presidente Jair Bolsonaro disse, em entrevista à RecordTV nesta quarta-feira, 23, que foi procurado por vários chefes de Estado e empresários em Davos, onde está participando do Fórum Econômico Mundial. "Todos estão interessados no Brasil."
Bolsonaro, contudo, disse que o interesse externo está condicionado ao ajuste fiscal. "Nós precisamos fazer a nossa parte. Não podemos continuar com o déficit que temos ano a ano. E algumas reformas temos que fazer para que eles voltem a ter confiança em nós."
O presidente lembrou que as medidas de ajuste dependem do Congresso e chamou a responsabilidade dos parlamentares. "Quero contar desde já com o Senado Federal e com a Câmara dos Deputados para atingirmos juntos esses objetivos."
Segundo Bolsonaro, os investidores estrangeiros pedem que o país seja desburocratizado, diminua sua carga tributária e remova barreiras. "Com a equipe econômica, estamos conversando desde há muito e estamos ultimando medidas nesse sentido."
Bolsonaro afirmou que os estrangeiros estão muito empolgados com o País e citou o novo recorde do Índice Bovespa no fechamento da sessão desta quarta-feira (96.558,42 pontos), após o pronunciamento do ministro da Economia Paulo Guedes. "E por que não dizer da minha (fala)?".
Sobre o cancelamento da entrevista coletiva que daria nesta quarta-feira em Davos, o presidente disse que o motivo foi sua saúde. "Por recomendação médica, tenho que chegar descansado no hospital no domingo." Bolsonaro vai se internar no Albert Einstein, em São Paulo, para retirar a bolsa de colostomia que utiliza desde o atentado que sofreu em Juiz de Fora (MG), em 6 de setembro.