A polícia informou que o adolescente apreendido nesta terça-feira (19) por suspeita de participação no massacre em Suzano, na Grande São Paulo, trocou mensagens nas quais detalhou o atentado que matou 10 pessoas na última quarta-feira (13). O jovem chegou a se apresentar no Ministério Público, mas foi liberado porque a promotoria não havia encontrado indícios para apresentar a denúncia.
Em uma das mensagens encontradas pela Polícia Civil, o adolescente diz ser integrante de uma espécie de seita, supostamente formado por 26 pessoas que estariam espalhadas por vários estados do Brasil. De acordo com o delegado que investiga o caso, Roberto Ramos, foi decretada pela Justiça a quebra de dados do computador do adolescente apreendido.
Uma outra parte da conversa, com um usuário ainda não identificado pela polícia, o jovem chama um dos autores do atentado de "amador" e que inocentes foram mortos quando pessoas específicas deveriam ter sido mortas.
Ainda segundo o delegado, o adolescente informou durante depoimento que sentia atração por matérias relacionadas a atentados e que frequentava ambientes virtuais que faziam menção ao massacre em Columbine, nos Estados Unidos, em 1999. No atentado, 13 pessoas foram mortas.
"Vou pedir uma perícia no computador, já que o juiz autorizou a quebra de dados. O objetivo é saber com quem o jovem conversava e todos os acessos que ele fez. Ao ser ouvido na delegacia, o rapaz contou que frequentava a Deep Web e que sentia atração por matérias relacionadas a atentados. Disse ainda que gosta de estudar psicologia e o que levaria as pessoas a cometerem atos deste tipo. No entanto, alegou que não iria cometer o atentado e que queria apenas amedrontar um ex-colega de classe. Este rapaz seria o autor de bullying que o adolescente alega ter sofrido, quando estudou na escola, em 2018", informou Ramos.