As centrais sindicais estão empenhadas em estratégias para mobilização e divulgação da greve geral que organizam para o dia 14 contra o governo Jair Bolsonaro. As reivindicações estão centradas em "derrubar" a reforma da Previdência, mas também tratam do crescente desemprego e reforçam a bandeira da Educação pública.
Até o dia da greve, a agenda dos sindicalistas inclui plenárias estaduais para mobilização e também o apoio à segunda manifestação da União Nacional dos Estudantes (UNE) em resposta às medidas de contingência no Ministério da Educação, marcada para o dia 30.
Nesta quarta-feira, 22, dirigentes das principais entidades sindicais do Rio de Janeiro se reúnem com líderes nacionais para mobilizar trabalhadores para a paralisação. Na quinta, 23, o Distrito Federal tem sua plenária. As organizações circulam um abaixo assinado contra a proposta de reforma da Previdência do governo.
"Estamos discutindo em cada Estado, não só em torno da unidade dos sindicatos, mas também para ganhar a sociedade para essa discussão", afirmou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves Juruna.
Nesta terça-feira, 21, representantes das centrais sindicais se reuniram para tratar de estratégias e preparar o material de divulgação da greve geral. Os departamentos de comunicação desenvolveram propostas para o material da campanha. As sugestões serão apresentadas aos dirigentes e seguem a linha da defesa da aposentadoria, contra o desemprego e pela Educação pública, segundo os estrategistas de comunicação.
Na segunda-feira, 20, dirigentes das centrais, dos trabalhadores de transportes e da UNE conversaram sobre a paralisação do dia 14. Na ocasião, os sindicalistas demonstraram otimismo depois da mobilização estudantil de 15 de maio. Foram registradas manifestações em mais de 170 cidades do País e, só em São Paulo, a estimativa foi de 250 mil presentes no primeiro protesto de rua contra Bolsonaro, de acordo com os organizadores.