O governador, que citou ter sentido um “forte cheiro de gasolina” ao chegar na Ponte Rio-Niterói, justificou que a necessidade de usar atiradores se deu para neutralizar “alguém que estava colocando em risco dezenas de pessoas”.
A coletiva de imprensa contou também com a presença de Rogério Figueiredo (secretário de Polícia Militar), Maurílio Nunes (comandante do Bope), Claudio Castro (vice-governador), Marcus Vinicius Figueiredo (secretário de Polícia Civil) e Cleiton Rodrigues (secretário de Governo e Relações Internacionais).
Witzel esteve no local do sequestro e, ao fim da operação, comemorou com socos no ar. O governador afirmou também que a solução de atirar no sequestrados não era a ideal, mas, segundo ele, a única possível para “salvar os reféns”.
Apesar de ter comemorado o fim da operação, marcado pela morte do sequestrador, o governador do RJ lamentou a morte de Willian Augusto Nascimento. "Que Deus tenha piedade de sua alma, e vamos continuar orando para que outros não tenham vontade de cometer a mesma atrocidade", disse.
“A mãe está muito abatida e se perguntando onde foi que errou. Vamos ajudá-la a superar esse momento difícil. Ainda temos muito trabalho a fazer para combater a violência e proteger a população”, disse Wilson Witzel.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) usou as redes sociais para comentar o desfecho do sequestro, na manhã desta terça-feira (20). Bolsonaro parabenizou os policiais "pela ação bem sucedida" e disse ainda que 'hoje não chora a família de um inocente', lembrando que nenhum refém ficou ferido e o sequestrador foi "neutralizado".
"Parabéns aos policiais do Rio de Janeiro pela ação bem sucedida que pôs fim ao sequestro do ônibus na ponte Rio-Niterói nesta manhã. Criminoso neutralizado e nenhum refém ferido. Hoje não chora a família de um inocente", escreveu o presidente em seu perfil oficial no Twitter.
Parabéns aos policiais do Rio de Janeiro pela ação bem sucedida que pôs fim ao sequestro do ônibus na ponte Rio-Niterói nesta manhã. Criminoso neutralizado e nenhum refém ferido. Hoje não chora a família de um inocente.— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) August 20, 2019
Após quase quatro horas, o sequestro no Rio teve o seu desfecho. De acordo com o porta-voz da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Coronel Mauro Fliess, William Augusto Nascimento, 20 anos, morreu após ser atingido na perna por um atirador de elite. O revólver que o homem portava, de acordo com as autoridades, era de brinquedo. Nenhum dos 37 passageiros foi ferido e todos recebem cuidados médicos por procedimento de rotina.
O homem, que se identificou como policial militar para entrar no ônibus, não fez nenhuma demanda específica para liberar os reféns. Além da arma falsa, o criminoso portava gasolina e uma arma de choque. A motivação do crime não foi descoberta.