Promotores brasileiros denunciaram membros da mineradora Vale e da empresa alemã de auditoria Tüv Süd, e 16 executivos das duas empresas, por conta do rompimento da barragem de rejeitos de Brumadinho (MG), ocorrido no ano passado. O ex-CEO da mineradora, Fabio Schvartsman, está entre os indiciados.
Os procuradores acusaram as pessoas por crimes que incluem homicídio. Além disso, também foram protocoladas acusações de crimes ambientais. Uma porta-voz da Vale disse que a mineradora não iria comentar imediatamente. A Tüv Süd não respondeu aos questionamentos da agência.
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Os procuradores devem dar mais detalhes ainda nesta terça-feira, 21. As autoridades vêm enfrentando intensa pressão para fazer acusações no caso, que completa um ano no próximo sábado, 25. O rompimento da barragem matou 270 pessoas, e equipes ainda trabalham no resgate de 11 vítimas.
A divulgação da informação levou os papéis da Vale na B3 a acelerarem o ritmo de queda. Há pouco, as ações da mineradora recuavam 1,88%.
Queda na arrecadação
A paralisação de operações de minas da Vale após Brumadinho gerou perda de R$ 22,3 bilhões em receitas para a economia de Minas Gerais no ano passado. A estimativa Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) leva em conta perdas na indústria extrativa e em outros setores da economia. A retração do setor e a crise fiscal no Estado levaram a entidade a projetar uma queda de 1,24% do PIB mineiro em 2019, contra estimativa de crescimento de 3,3% antes do desastre. Os impactos negativos devem continuar em 2020.