Os partidos conservadores da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o Partido Social-Democrata (SPD, na sigla em alemão) concordaram hoje em defender um imposto europeu sobre transações financeiras, mas não chegaram a um consenso sobre a recapitalização e reestruturação de bancos europeus durante conversas para a formação de um novo governo de coalizão, segundo participantes da reunião.
Mais cedo, a União Democrata Cristã (CDU), de Merkel, e o partido aliado União Social Cristã (CSU) se reuniram por duas horas com o SPD para discutir a possível aliança.
Segundo o social-democrata Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, os partidos querem a introdução de um imposto sobre transações financeiras como um "símbolo de justiça", para permitir que os agentes financeiros ajudem a pagar pelos custos da crise.
Mas oficiais admitiram que a implementação do imposto por 11 países europeus ainda é incerta, em face da resistência de algumas nações, como o Reino Unido.
Os possíveis parceiros, no entanto, avançaram pouco nas divergências sobre o projeto para uma união bancária europeia e medidas para lidar com bancos problemáticos, de acordo com o cristão-democrata Herbert Reul, líder dos conservadores no plenário do Parlamento Europeu.
Os conservadores e o SPD começaram a negociar a coalizão na semana passada e têm o objetivo de estabelecer um novo governo até o Natal.
Nas eleições gerais de 22 de setembro, o grupo de Merkel obteve 41,5% dos votos, mas foi obrigado a buscar um novo aliado após seu parceiro anterior, o Partido Democrático Liberal (FDP), não obter apoio suficiente para permanecer no Parlamento.