Os sul-africanos passaram seis meses chorando pela doença de Nelson Mandela e nesta terça-feira (10) iniciam a despedida real em um estádio de Johannesburgo, cinco dias antes do enterro.
Dezenas de milhares de pessoas caminharam durante a madrugada para o estádio Soccer City, no qual Mandela, que faleceu na quinta-feira aos 95 anos, fez a última grande aparição pública em 11 de julho de 2010, na final da Copa do Mundo.
Mais de 90 líderes mundiais acompanharão a cerimônia em homenagem a Madiba, apelido carinhoso de Mandela. A presidente brasileira, Dilma Rousseff, está entre as autoridades estrangeiras que discursarão na cerimônia, assim como o presidente americano Barack Obama e o cubano Raúl Castro.
Os outros oradores estrangeiros serão o vice-presidente chinês Li Yuanchao, o presidente indiano Pranab Mukherjee e Hifikpunye Pohamba, da Namíbia. Obama, ao lado da esposa Michelle, foi um dos primeiros a desembarcar na África do Sul, às 7h (3h de Brasília).
Quatro netos de Mandela - Mbuso, Andile, Zozuko Dlamini e Phumla - também devem discursar na cerimônia. "O mundo está literalmente vindo para a África do Sul", disse o porta-voz do ministério das Relações Exteriores da África do Sul, Clayson Monyela.
"Noventa e um chefes de Estado e de Governo em exercício, 10 ex-dirigentes, 86 dirigentes de delegação e 75 personalidades ilustres confirmaram presença", informou. A cerimônia será transmitida para boa parte do planeta e 1.500 jornalistas foram credenciados.