Se as fortunas das 67 pessoas mais ricas do planeta forem reunidas, o total iria se equiparar à soma dos recursos da metade mais pobre da população mundial, afirmou nesta quarta-feira (9) a ONG Oxfam, que chamou a atenção do FMI e do Banco Mundial. "As desigualdades extremas se agravaram", afirmou em um comunicado a organização que luta contra a pobreza.
Segundo a Oxfam, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, que realizam esta semana uma assembleia-geral em Washington, devem abandonar a retórica e atuar para tentar reduzir essa desigualdade.
"O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, e a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, falam muito do perigo que representa a explosão das desigualdades. Esta semana temos de ver ações concretas que apoiem essa retórica", afirmou Raymond Offenheiser, presidente da Oxfam America, citado em um comunicado.
O FMI publicou recentemente dois relatórios que enfatizam as consequências nefastas das desigualdades na economia. Já o Banco Mundial estabeleceu como objetivo impulsionar as rendas de 40% dos mais pobres no mundo.
Mas, segundo a Oxfam, essas duas instituições devem agora mudar suas recomendações e políticas de empréstimos em relação a seus Estados membros, defendendo mais investimentos em saúde e educação.